26 junho 2017

A sul (II)

O que Don Gigi, aliás Don Bernardo, tem de diferente, para além das ameijoas e do arroz de lingueirão e da feijoada de búzios e das garrafas de champanhe abertas à catanada e do sino e da ópera que se ouve nas mesas cá de fora, é ser um homem com mundo, desses contadores de histórias que já quase não existem, dessa estirpe de homens que não se deslumbra e que, com a casa a abarrotar de pessoas que aparecem nas revistas, escolhe ficar à conversa com um tipo normal, está bem que é o melhor blogger daqui até aos Alpes, mas Don Gigi não sabe dessas niharias, nem é preciso que saiba, assim temos tempo para falar das coisas realmente importantes, informando-me onde se serve o melhor gin do reino dos Algarves, como se cozinha a pescada que tenho à minha frente e invocando Woody Allen e a sua tirada dos espermatozóides não voltarem para trás para explicar a razão pela qual o vidro não entra na garrafa de champanhe quando a catana faz o serviço que tem que ser feito.

5 comentários:

  1. Lady Kina26.6.17

    ehhhhhhhhhhhhhhhh ...

    ... afinal já não quero.

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  2. A uns quilómetros, não tantos assim, no templo de Mestre Vila, o xarém de lingueirão também vai bem com as histórias de quem já viu muito, sem deslumbramentos.

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  3. Anónimo26.6.17

    eu ja bebi vinho do porto "à catanada"...mas em brasa. gostei muito do ritual,
    vw
    p.s. adoro contadores de historias sem deslumbramentos

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  4. Anónimo26.6.17

    ainda não conhecia o Bernardo?!

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  5. Anónimo27.6.17

    E depois metes uma foto da garrafa aberta, mas com o pescoço inteiro?

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