Não, não se pode ter saudades do que nunca se teve. Essa sensação não se trata de mais que uma fantasia, de uma projecção, de um acontecimento da nossa mente no futuro. Algo prazeroso que, ao não acontecer, nos deixa sentimento semelhante... à saudade. Chame-lhe, se quiser, frustração. Desilusão. Desapontamento. Dor. Sofrimento. Lá está, novamente... saudade.
A minha mãe gostava de ir à pastelaria Suiça no Rossio com as amigas. Sentavam-se ali uns minutos largos a conversar, beber chá e coisas como comer bolos de nome duchesse (um bolo com um nome demasiado complicado para ser considerado um bolo interessante, isto na minha opinião), vai daí como aqueles minutos a deixavam feliz, eu imaginava um dia, quando a minha mãe fosse bem velhinha, levá-la à pastelaria Suiça, iria de braço dado com ela, ficaria por lá uns minutos na conversa, só nós as duas, talvez arriscasse comer um duchesse só para a acompanhar (não me custaria nada tal sacrifício só para a ver feliz). Entretanto, o raio do destino, da vida... levou-me a minha mãe aos 58 anos de idade.
(acho que é depois daquele ponto final que entra a parte de "ter saudades do que não se teve", ou, neste caso, do que não tive)
Completamente em sintonia; saudades do que ficou por viver, de tanto que ainda havia para viver...pequenos nadas que são tudo -- pequenos prazeres com aquela das "três letrinhas apenas...". A vida às vezes é madrasta. Um abraço daqui até aí, Maria Madeira. Um abraço, Pipoco.
Acho que se pode ter saudades daquilo que não se teve quando se imaginou que se teve algo. Por exemplo, quando amamos alguém e começamos a considerar aquela pessoa tão mas tão nossa que perdê-la, nem que seja vê-la com outra pessoa, por mais que nunca tenha sido nossa, significa perder aquilo que nunca tivemos.
Bom, esta foi uma explicação atabalhoada, mas enfim!
Estranha Forma de Ser Jornalista http://estranhaformadeserjornalista.blogspot.pt/
Não há outra forma de descrever o sentimento que fica quando se perde um filho ainda no ventre, nunca o vimos, nunca o cheirámos, nunca o sentimos nos braços, na prática nunca o tivemos, no entanto, ele estava lá e com ele todos os planos, sonhos e amor que guardávamos para ele. A vida explicou-me que é possível sentir saudades do que nunca se teve... por duas vezes.
Não, não se pode ter saudades do que nunca se teve. Essa sensação não se trata de mais que uma fantasia, de uma projecção, de um acontecimento da nossa mente no futuro. Algo prazeroso que, ao não acontecer, nos deixa sentimento semelhante... à saudade.
ResponderEliminarChame-lhe, se quiser, frustração. Desilusão. Desapontamento. Dor. Sofrimento. Lá está, novamente... saudade.
Não tente perceber.
ResponderEliminarhttps://www.youtube.com/watch?v=IvLIDeXzhZ0
Bom fim-de-semana!
Ora, ora, aquela velha tautologia dos psicólogos
ResponderEliminar"não sabemos aquilo que não sabemos"
(dizem todas a mesma coisa. madraça certamente)
Bem, por acaso até sei algumas coisas que não sei e gostava de saber o resto.
Estamos introspectivos.
Caraças...
Se precisa que lhe expliquem, então está tudo bem :)
ResponderEliminarA minha mãe gostava de ir à pastelaria Suiça no Rossio com as amigas. Sentavam-se ali uns minutos largos a conversar, beber chá e coisas como comer bolos de nome duchesse (um bolo com um nome demasiado complicado para ser considerado um bolo interessante, isto na minha opinião), vai daí como aqueles minutos a deixavam feliz, eu imaginava um dia, quando a minha mãe fosse bem velhinha, levá-la à pastelaria Suiça, iria de braço dado com ela, ficaria por lá uns minutos na conversa, só nós as duas, talvez arriscasse comer um duchesse só para a acompanhar (não me custaria nada tal sacrifício só para a ver feliz). Entretanto, o raio do destino, da vida... levou-me a minha mãe aos 58 anos de idade.
ResponderEliminar(acho que é depois daquele ponto final que entra a parte de "ter saudades do que não se teve", ou, neste caso, do que não tive)
Completamente em sintonia; saudades do que ficou por viver, de tanto que ainda havia para viver...pequenos nadas que são tudo -- pequenos prazeres com aquela das "três letrinhas apenas...".
EliminarA vida às vezes é madrasta.
Um abraço daqui até aí, Maria Madeira.
Um abraço, Pipoco.
Acho que se pode ter saudades daquilo que não se teve quando se imaginou que se teve algo. Por exemplo, quando amamos alguém e começamos a considerar aquela pessoa tão mas tão nossa que perdê-la, nem que seja vê-la com outra pessoa, por mais que nunca tenha sido nossa, significa perder aquilo que nunca tivemos.
ResponderEliminarBom, esta foi uma explicação atabalhoada, mas enfim!
Estranha Forma de Ser Jornalista
http://estranhaformadeserjornalista.blogspot.pt/
Não há outra forma de descrever o sentimento que fica quando se perde um filho ainda no ventre, nunca o vimos, nunca o cheirámos, nunca o sentimos nos braços, na prática nunca o tivemos, no entanto, ele estava lá e com ele todos os planos, sonhos e amor que guardávamos para ele. A vida explicou-me que é possível sentir saudades do que nunca se teve... por duas vezes.
ResponderEliminarFoi há um ano que aprendi o que é essa saudade.
EliminarNinguém compreende. Muitas vezes, nem eu.