04 abril 2017
Post número três do período cinzento
Por outro lado, Ruben Patrick, nota que as mulheres cépticas não são as que duvidam do que lhes dizes, são aquelas que continuam à procura de uma solução depois de a terem encontrado, quanto te defrontares com uma mulher assim convirá que te retires um par de dias, aproveitarás para retornar a Ulysses, talvez possas entremear com a actividade da pesca, que praticarás enquanto cofias a barba de três dias e reflectes longamente sobre a origem das coisas, voltarás então, apenas para te certificares que tudo continua nos conformes, a solução encontrada, ela procurando-a.
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Algo me dizia que este período cinzento se devia a um arrufo amoroso...Olhe, ainda bem; ficou tudo mais claro e transparente!...
ResponderEliminarRuben, bem sabes que o teu tio, não obstante todo o genuíno bem-querer que te vem dedicando, nem sempre cuida dos desastres em que podem vir a tornar-se alguns dos mais bem intencionados conselhos com que, desinteressadamente, pretende iluminar-te os passos. Nem só o jet lag e as três garrafas de vinho que bebe em sendo para manter as médias nos mínimos, mas também, o toldam nos momentos em que avalia certas e determinadas situações. Nunca te esqueças que nem todas as mulheres são dotadas da generosidade suficiente para poderem vir a perdoar-te pelos dois dias que passaste a pescar e absorto em meditações metafísicas, enquanto elas, lá em casa, angustiadas e no limiar da desnutrição, ficaram à procura da dentadura...
ResponderEliminarNa qualidade de membro honorário da sociedade das pessoas que procuram uma solução mesmo depois de já a terem encontrado, venho aqui lavrar o meu protesto, contra esse conselho de deixarem a tal da pobre pessoa sozinha na sua incessante busca do que lhe faz falta.
ResponderEliminarNomeadamente, a dentadura. ahahahahah
Eliminarah, caro Ruben, o procedimento é exactamente o mesmo quando o Tio te oferecer conselhos acerca das mulheres ou te mostrar retratos.
ResponderEliminarquanto mais a mulher procura menos te aborrece...
enquanto o pau vai e vem folgas as costas...
se te der um pente e um espelho está a chamar-te macaco...
lá lá lalalá...
O mérito é todo dos textos quando suscita várias leituras ou possibilita várias pontas por onde pegar. Quando ficamos seguros de ter encontrado uma solução, e essa segurança é até sustentada pelo que nos dizem, pode acontecer, e muitas vezes acontece, deitarmo-nos à sombra da bananeira, afinal, encontrámos a solução, podemos arrumar o assunto, pode acontecer um desinvestimento, por outro lado, quando nos dizem que encontrámos a solução mas mesmo assim não nos convencemos, continuamos a investir entusiasticamente, ainda para mais numa solução já encontrada, afinal, acaba por ser estar sistematicamente a melhorar uma coisa que já nos disseram que resulta e ou estou a ver muito mal as coisas ou isto só pode ser muito bom, bem, mas ter ficado a saber que tal conjuntura pode ter como consequência o retorno a Ulysses, voltando a não estar sozinha naquele suplício, perdão, prazer, pode estar a contribuir para esta visão tão positiva das coisas.
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