24 fevereiro 2017

Ontem ao almoço

Ela chegou a horas ao restaurante, que era perfeito o que ali nos trazia, vestia o vestido perfeito, razoavelmente decotado, de um desses criadores novos, disse as palavras perfeitas para a ocasião, incluíndo "Agile" e "Digital", deu-me as deixas perfeitas para eu colocar as perguntas inteligentes perfeitas, teve o timing perfeito na introdução das temáticas "qualidade da neve nos Alpes prevista para a próxima semana" e "último livro do Valter Hugo Mãe".

Eu fiquei o tempo todo a reparar na quase imperceptível marca de batom vermelho numa zona impossível de os lábios dela alcançarem.

23 comentários:

  1. Lady Kina24.2.17

    Tenho a impressão de que o meu amigo percebe tanto de batons como eu... ó homem, isso eram ainda vestígios do DIY para a concepção do disfarce da Mironinho!

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  2. Foi por causa do VHM, de certeza que foi isso.

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  3. Ohhhhhhhhhhhhhh
    afinal,
    havia outra...........o que não impediu que a perfeição se mantivesse. Impediu?

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  4. Anónimo24.2.17

    Era tão perfeita que não gostava de homens. Gargalhada.

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    1. Anónimo25.2.17

      Hahahahahah muito bem!

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    2. Ou não. Quem sabe gostaria dos dois?

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  5. isso pode ser o princípio de uma belíssima amizade, digo eu :p

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  6. Anónimo24.2.17

    Ah, meu caro, não se precipite. Bem sei que quando ouvimos certas coisas as nossas mentes revolvem-se na sua tranquilidade natural, ouvimos sirenes e começamos a ver tudo em tons encarnados, ou esverdeados, os nossos filtros auditivos no máximo da atenuação, a bela dama a ficar pequenina, o nosso oscarzinho também, mas repare que o erro pode ser nosso, a bela dama poderia estar a descrever os delicados matizes da chama do livro na lareira, e nós, imersos no nosso preconceito, fechados nas defesas reactivas da nossa mente, teríamos acabado de perder a Mulher da nossa vida.

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  7. Anónimo25.2.17

    Esclareço, penso, o labirinto simbólico da prosa de sibila de D. Pipoco de Albuquerque.

    D. Pipoco preza acima de todas as coisas mundanas a elevação linguística.

    A narrativa mostra que apesar da subtil insinuação de a nobre dama se ter feito acompanhar por uma amiga com o objectivo de proporcionar uma noite, ou tarde - há que seja mais vespertino que nocturno -, de luxúria, D. Pipoco prefere sempre, mesmo quando pratica O Amor, a beleza da Poesia.

    Tivesse a doce dama mencionado Pound...

    Passa-se o mesmo com a minha pessoa.
    Basta a minha melhor metade referir que quer comprar um livro do José... e logo todos os meus sentidos entram em pânico, esse manto de isolamento, sudorese, taquicardia, obnubilação... E afinal era só um Saramago.

    D. Pipoco, tal como a minha pessoa, imagino, faz O Amor num tantra de poesia, recitando qualquer coisa de grande proveito.

    No meu caso, Milton seguido do hino (Nacional) lá para o final tem excelentes resultados (omito sempre aquela parte dos Avós, por pudor, e como é óbvio substituo os "canhões" pelo "bacamarte").

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    1. Anónimo26.2.17

      ..."o Hino Nacional" lá para o final"... Credo!!
      Não seria melhor a 'Marsellesa'?

      Aux armes, citoyens
      Formez vos bataillons
      Marchons, marchons!
      Qu'un sang impur
      Abreuve nos sillons!

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  8. Ora, ora, essa marca pode ter sido fruto do acaso... Nada de pensar em coisas erradas!

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    1. ... errr... erradas?

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    2. Lady Kina25.2.17

      Vamos lá: eu sou ganda fufa, tenho uma marca de batom no pescoço porque a minha amante amada lá me chupou. Quando alguém pensa que aquilo são vestígios de aguarela, que eu também pinto umas coisas, essa pessoa pensou uma coisa errada, certo?

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    3. Ahhhh... muito mais esclarecida...

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    4. :DDDDDDD
      Pescoço? Chupão? Amantes?

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    5. Lady Kina26.2.17

      Pronto!...

      (:DDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD )

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    6. Kina, f....?!!!! (Comunidade LGBT em fúria em 3,2,1). Não tarda nada está aqui o Pipoco a dizer "minhas senhoras, então?".

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    7. Anónimo26.2.17

      blogue que perdeu o interesse este

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    8. Está a ver, Pipoco? Não põe ordem na casa, já se sabe...

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  9. Baton vermelho é como chocolate, deixa sempre rasto depois de se comer...

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  10. Anónimo11.3.17

    Parece que tenho de ser eu a descrever um retrato menos porcalhota do que o que aqui pintaram. Oh, minhas aventesmas! não podia ser simplesmente um abraço e beijo de uma criança que estivesse a brincar com o batom da mulher? P*fffttt

    Ah, claro, esperem, já vão dizer "credokhorrorcriançaspenduradasaopescoço,nãaaaooo..."

    A sério?! Much ado about nothing.

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