11 novembro 2016

Closing time

Há uma sorte de artistas que fazem parte das nossas vidas, são quase nossos amigos, eles não sabem que tanto nos acompanham as horas de estudo de Termodinâmica 3, e havia um risco no vinil quando chegava à parte do "But you don't really care for music, do you?", no Hallelujah, como nos acompanharam em cêdê a caminho do Porto, e o Sisters of mercy, do segundo disco do Live in London, tocava sempre ao quilómetro duzentos, a passar Coimbra, e se não tocava era porque eu estava a andar demasiado depressa, o First we take Manhattan é sempre a primeira música que toca no iPod quando vou correr, há coisas que esses quase amigos nos dizem que não percebemos bem e pedimos que repitam, e voltamos atrás na música, ou então percebemos demasiado bem e também pedimos que repitam, só para que nos deslumbremos com a escolha das palavras.

Perdido Bowie, perdido Cohen, já só me resta Aznavour.

22 comentários:

  1. E Prince e Prince. E o meu pai...
    Os artistas vivem para sempre, nas obras que poderemos sempre ouvir e ouvir.
    O meu pai vive em mim, todos os dias, em cada palavra, em todas as gargalhadas.
    Bonitas palavras também as suas.

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  2. Anónimo11.11.16

    Dos seus melhores textos de sempre.

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  3. Desta vez senti que desse lado há uma alma e um coração de verdade.
    Uma pessoa de carne e osso e...sentimentos!

    Nada nem ninguém se perdeu. Eles estão cá todos, para nosso deleite...

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  4. Anónimo11.11.16

    Porque é que é tolo e não escreve sempre assim, Tio?

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  5. A vida é extremamente curta e 2016 transformou-se num ano horribilis. Partem é verdade mas deixam-nos para sempre a sua herança, o seu legado.
    Bom fim-de-semana, Pipoco.

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  6. Pipocante Irrelevante Delirante11.11.16

    O Nick Cave ainda por cá anda...

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    1. E o Bob Dylan.

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    2. E o Tom Waits...

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    3. E o Mick Jagger

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    4. Pipocante Irrelevante Delirante11.11.16

      Ja esteve mais longe citarem o rod Stewart

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    5. E o Tony Carreira

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  7. Anónimo11.11.16

    estava a ver que não...
    sc

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  8. Anónimo11.11.16

    estamos a ficar velhos quando os nossos *trovadores* de juventude estão todos a falecer. também olho e já não conheço quase ninguém.

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  9. Anónimo11.11.16

    http://observador.pt/opiniao/um-impermeavel-para-as-lagrimas/

    Perdão tio Pipoco, por partilhar isto aqui.
    Já quando foi a morte de Bowie, a Radar fez uma emissão brilhante. Hoje, voltou a fazer o mesmo. Pena que seja pelo mais tristes motivos.

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    1. é um artigo maravilhoso. O Do João Miguel Tavares também é incrível: https://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/leonard-cohen-nao-ha-cura-para-o-amor-1750808

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  10. Bonitas palavras as suas.

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  11. Não estão perdidos para nós. Só para as pessoas deles. Nós continuaremos a ouvi-los.

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  12. Espero que o dia do Marante partir ainda esteja longe.

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    1. Pipocante Irrelevante Delirante13.11.16

      Vai devagar, emigrante.
      (GS)

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  13. Cláudia Filipa12.11.16

    A dada altura de um dia triste, a minha mãe foi buscar uma das "suas" músicas e acabámos a rir e a dançar enquanto íamos assassinando, alto e bom som, "Dance me to the end of love". E foi assim que, naquele momento, transportámo-nos dali para fora do dia triste. E também foi assim que, num dia triste, nasceu mais uma das boas memórias que tenho de uma das minhas pessoas. Penso que, Leonard Cohen, teria gostado de saber disto.

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    1. Teria com certeza, Cláudia.

      (e eu, olha, eu também gostei)

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