10 novembro 2016

Acabou de acontecer

Está frio cá fora, uma nuvem de vapor sai do focinho da minha cadela grande, que salta ao meu lado e tenta lamber-me as mãos enquanto eu seguro a lenha das árvores que me morreram no ano passado, depois acendo o fogo, a cada inverno estou melhor na função, gosto de ver a madeira a arder, podia ficar horas a fio nisto, Nina Simone a rodar no gira-discos e eu a olhar para o fogo, só isto, nada mais, sem sequer me passar pela cabeça que o rendimento de uma lareira não chega aos dez por cento.

5 comentários:

  1. O que gosto de uma boa lareira quente.

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  2. Ai Sô Pipoco, agora fiquei banzada com a sua escrita à mulher que não pára de falar - ainda bem que se não lhe dermos atenção acaba por se calar
    :=))

    Procure uma mantinha, para as costas

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  3. O fogo é magnético, mágico, hipnótico, adoro. Também fico horas a olhar para ele, nunca é igual. Só trocava o disco, pela Diana Krall, num ipod, para não ter de me incomodar a virá-lo, perdoe-me a heresia, para variar nas músicas, para que não me acordem do transe em que o fogo me deixa, salvo seja...

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  4. Se o rendimento não chega aos dez por cento, faça como eu fiz à minha: instale um recuperador de calor...

    Ver o crepitar das chamas é ( quase) uma companhia, não é?
    Gira-discos? Está a relembrar os bons velhos tempos, é?

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  5. Eu vejo muito isso no meu pai, mas é na horta, quando fica horas perdidas com a cabeça ao sol, a ver aquilo 'crescer'. Enfim, lá chegarás, é o que me dizem. Espero mesmo que sim.

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