19 junho 2016
Depois do jogo
No fim do jogo, silenciosos, taciturnos, cofiando a barba de três dias, revendo mentalmente as oportunidades falhadas, fazendo contas de cabeça à conjugação de resultados de futuros, dois homens, o Menezzes de Vasconcellos e eu, estão a caminho do Pied de Couchon, onde está apalavrado há mais de dez anos um repasto de Tentações de Santo António, um Bollinger acompanhará na perfeição a degustação das partes menos nobres do animal, acabarão a noite com um gin tónico que, com uma boa caminhada até ao hotel, ajudará à digestão difícil, do jogo e do jantar, discutindo filosoficamente a inquietante problemática sobre se valerá a pena ir ao terceiro jogo e concluindo por uma decisão mais tardia, dependendo de se poder fazer reserva no Prairial.
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No fim do jogo, silenciosa, taciturna, tivesse eu barba de três dias, ou mesmo de um ou dois, e tinha-a cofiado, ai tinha, tinha...mas a vida está repleta de iguarias várias para todas as possibilidades e há sempre boas formas de afogar as mágoas e eu gostei de saber como afogou as suas.
ResponderEliminarE também lhe digo que, em podendo, vale a pena ir, se for como ontem, mesmo não havendo golos, tem pelo menos a garantia de ir ver uma equipa a jogar bom futebol que, verdade seja dita, fartámo-nos de jogar, depois, aquilo é uma festa (tirando aquela estupidez dos ingleses e dos russos) e vale sempre a pena celebrar o facto de estarmos vivos e com saúde mesmo que não seja no Prairial, é ou não é Pipoco? Está bem, agora não está em condições de responder, então eu respondo que sim, que é, e não se fala mais nisso.
Boa noite, Pipoco, e que a vida continue a ser essa pintura boa.