02 maio 2016

Eu já

Eu já li Nicholas Sparks e o pior de Paul Auster. Já li o livro inacabado de Saramago e a versão de Gonçalo M. Tavares para a continuação de "Os Maias". Já li Poirot sem Agatha Christie  e Astérix sem Goscinny nem Uderzo. Já li "O Principezinho" e as primeiras páginas de "As cinquenta sombras de Grey".

Estarei preparado para Elena Ferrante?

36 comentários:

  1. Desses todos, só li O Principezinho, e era criança. Estou quase a acabar e a muito apreciar a Ferrante, o que acontecerá natural e necessariamente a qualquer pessoa não tenha o hábito de perder tempo com óbvias merdas.

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    1. Isso da Ferrante parece-me demasiado consensual para o meu gosto.

      (talvez, se me oferecerem...)

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    2. E Nicolau Fagulhas, é consensual? Já a Ferrante, tem-no sido, entre pessoas cuja opinião considero credível e boa para cobrança. Não me falharam, de novo.
      Às vezes as coisas que acolhem muitas e boas opiniões são mesmo boas. Como o Stoner. Ou está armado em crítico de cinema do Público? A sério, quem leia aquela secção com regularidade até fica com a impressão que é gente que não gosta de cinema. Gostava de lhes ir ao caixote do lixo.

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    3. O Stoner é tão bom.

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    4. Não conheço uma única má crítica ao Stoner. E não foi por ser alvo de uma máquina de marketing ou o autor ser muito badalado, pelo contrário. É um daqueles fenómenos: às vezes uma pessoa abre uma gaveta esquecida e está lá um tesouro.


      (estou quase a acabar o último da tetralogia, e a perguntar-me onde acertou a Ferrante e falhou o Karl Ove, ou porque apela mais aquela que este, e volto sempre à empatia latina, mas ainda ando a pensar no assunto)

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    5. Metendo a foice em seara alheia, e pedindo desculpa pelo facto: calhou-me ler "Stoner" na mesma altura (ou seja, com uma diferença de poucos dias) em que li "Sebastião José" de Agustina. Gostei do primeiro, (algo overrated contudo), achei genial o segundo. Não é uma comparação justa, apenas porque "Stoner" levou umas décadas a chegar aos tops de vendas e "Sebastião José" não chegará lá nunca. E quanto às sequelas, já me bastaram as tentativas de ler Blake & Mortimer pós-Jacobs...

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    6. O Karl Ove é um gajo chato. Chato e pronto.

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    7. Anónimo3.5.16

      Pipoco, eu sei que nos preocupamos sempre em não sermos consensuais, em sermos originais e termos um gosto único e refinado, mas às vezes o consenso apenas quer dizer que é MESMO BOM.

      Mafalda

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  2. Faltou aí o Gustavo Santos e a bula do Xanax.

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    1. Não desci tão baixo.

      (e bulas ainda não passei da da Aspirina)

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  3. E Lucky Luke sem cigarro?

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  4. Anónimo2.5.16

    isso, são modas, não ligue!

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  5. Curiosamente e pensando agora no assunto, e daquilo que me lembro de ter visto nos blogs, constato que os elogios aos livros da Elena Ferrante (de que eu gostei muito, note-se) têm sido sempre no feminino. Precisamos agora da opinião no masculino. Acho que é uma boa razão para a ler :)

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    1. Tio Pipoco, então?

      (nenhuma de nós escapou... :D)

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    2. É super Verão de 2015...

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    3. Anónimo2.5.16

      O Sr. Wood disse maravilhas da escrita de Ferrante. E apesar de já escrever há mais de uma década, foi assim que se tornou muito conhecida.

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    4. Anónimo7.5.16

      Porquê, Palmier? Ou acha que que um possuidor de pénis é necessário para validar um livro escrito por uma mulher?

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  6. Anónimo2.5.16

    «É talvez o maior fenómeno literário dos últimos anos. De repente, Elena Ferrante, a escritora italiana que se esconde atrás de um pseudónimo e cuja verdadeira identidade permanece um mistério (ao ponto de haver quem sugira tratar-se de um homem), invadiu a vida de muitas pessoas. A tetralogia A Amiga Genial, publicada em tempo recorde pela Relógio D’Água (que já publicara os três primeiros romances da autora num só volume: Crónicas do Mal de Amor), tornou-se um inesperado sucesso de vendas. Inesperado porque não estamos diante de uma autora comercial ou sequer enquadrável nas várias categorias da edição mainstream. Como explicar então esta febre que revolucionou os hábitos de leitura de tanta gente? (…)
    Ainda assim, de onde nasce o magnetismo mplacável destes livros, essa espécie de força que cria uma avidez compulsiva na leitura? Nasce de uma evidência: o facto de Ferrante ser uma extraordinária narradora – o que fixa e agarra os leitores, o que os leva a devorar, sem descanso, as quase 1500 páginas dos quatro volumes de A Amiga Genial, é um prodigioso mecanismo romanesco, em que cada um dos elementos que o compõem – os atos das personagens, os gestos, os diálogos, os conflitos, os impasses, as derivas, as pausas, os recomeços, os volte-faces – se encaixam e articulam de forma perfeita.» [José Mário Silva, Expresso, E, 9/4/2016]

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  7. Anónimo2.5.16

    http://www.relogiodagua.pt/do-editor
    Pelo grande editor português, Francisco Vale

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  8. Tendo lido com sucesso a cartilha maternal (ou um outro livro de iniciação à leitura), todos estamos tecnicamente preparados para ler o que quer que seja. Depois, a nossa maturidade, fará o resto. Uns livros ser-nos-ão incompreensíveos - por motivos diferentes, mas serão sempre uma enorme interrogação, outros serão aqueles que um dia gostaríamos de escrever, outros serão rejeitados depois de lermos uma dúzia de páginas, outros serão aqueles de que nos lembraremos apenas no dia que estivermos a ver um concurso de televisão e perguntarem quem o escreveu...
    Avance, homem, sem medos! :D (aguardarei resenha)

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  9. Anónimo2.5.16

    Não comece pelas Crónicas do mal de amor.

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  10. Não se meta nisso. Vai acabar a dizer que são livros para mulheres.

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  11. Anónimo2.5.16

    A tetralogia da Ferrante é muito boa.
    Mas a tradução... Fraquinha, fraquinha.
    É uma pena.
    Mas não vai gostar. É um universo muito feminino.

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    1. Lady Kina2.5.16

      A ser assim, não só vai ler como vai estudar.

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    2. Ora cá está uma opinião que partilho: a tradução deixa muito a desejar o que, parecendo que não, faz muita diferença...

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  12. Anónimo2.5.16

    Da Ferrante, só vale a pena ler os dois primeiros. Os dois últimos são lidos em sofrimento. E é excesso de informação desnecessariamente. Tudo espremido dava dois livros. O Rui Cardoso Martins fez uma crítica muito lúcida acerca do fenómeno no Ípsilon. Mas quem já leu Calvino, ir para a Ferrante ...

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  13. Como já lhe disse que a Ferrante me passou ao lado, venho esclarecer (esta parte não sei se disse) que só lhe li o "Crónicas do Mal de Amor". Entrei no livro a derrapar tal era a altura da expectativa. Gorou-se.
    A escrita é boa de ler, gostei da forma, também gostei da algaraviada napolitana que quase se consegue ouvir naquelas páginas, mas o conteúdo não me alterou o curso de nada e até em pontos foi aborrecido. O que não significa que não seja bom. Mas não é suficiente para ter vontade de pegar na tetralogia.
    Quanto ao Stoner, junto-me à recomendação, caso ainda não o tenha lido.

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    1. Anónimo5.5.16

      é tudo mau. excepto A Amiga genial. :)

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  14. Anónimo3.5.16

    Tanta coisa para ler Pipoco...Quer que comece a designar?

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  15. Como é sabido, não há qualquer relação entre o talento de um escritor e as vendas das suas obras.

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  16. Anónimo5.5.16

    descanse, caro Pipoco. A Ferrante acertou na Amiga Genial. Mas tão só e apenas, na Amiga Genial. O que fica fora da Tetralogia, esqueça!
    marina

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  17. Anónimo24.7.16

    Só as primeiras páginas das Cinquenta Sombras? Tens que ler os três livros, ahah ;)

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