Ora aí está um assunto com o qual já ninguém se indigna profundamente(se é que alguma vez quiseram saber disso para alguma coisa que não, na melhor das hipóteses, fazer mais um post para publicar nos respectivos blogues...adiante) - porque (também) este foi um acordo político, feito à traição por políticos (acima de tudo ao arrepio da própria Língua), que surge como que por milagre imposto e que já tantas provas deu de abjecta imbecilidade. Como dizia, isto já não é assunto, já não leva ninguém a abrir jornais nem a fazer de conta que os compra, afirmando que os lê (não obstante serem um dos palcos onde mais se evidencia a profunda selvajaria ortográfica para onde o AO nos atirou), não se fazem teasers com isto para abertura de noticiários televisivos, já não alimenta sequer programas em horário pobre onde se conversa pelo telefone com a Dona Antónia e o Senhor Augusto, ela reformada e ele comerciante, sobre assuntos polémicos de interesse público. Olhar para o AO e assistir à degradante chacina da nossa Língua, sem fim à vista, não indigna (quase) ninguém, opá aquilo tem a ver com letras e... antes olhar para os bonecos e achar mal.
concordo em absoluto, Lady Kina. e o que mais me custa é que quando se questionam as imbecilidades (como se retirar consoantes mudas - e aqui nasce a duvida, quem as silenciou? serão todas mudas? sempre mudas? - das palavras, alterando-lhes a etimologia, a colocação da silaba tónica, fosse algo banal) ou as incongruências (veja-se o caso lastimável das hifenizações), atiram-nos à cara que somos conservadores... não, não somos é estúpidos, e dificilmente nos farão engolir um acordo obsceno, assinado por políticos abjectos e alegremente aproveitado por editoras, para vender tudo outra vez, agora em "versão atualizada".
Tirar consoantes mudas não me arrelia.. O que me faz confusão são algumas palavras. (como o "para" para "pára") e a cena dos hífens tmb me faz confusão. O " há de " e a" minissaia" :x de qlq maneira já somos obrigados a usa-lo mas sem dúvida que deveria haver discussão. Não sei se sabem mas o Brasil recusou o AO, e usam a forma antiga... Portanto, qual é o sentido? Ou entra toda a gente ou não entra ngm. Acho que que cada variante deve seguir o seu caminho. Haver acordos sim quando necessário mas sem envolver as outras variantes de português. Portanto, era acabar com esta merda e fazerem um acordo que faz sentido. Não sei se em 25 anos faz sentido haver novo acordo (em 1991 foi a data do acordo antigo). Ainda tinha professores passado 10 anos a escreverem "sózinhos" e outras coisas e eu sem perceber como é que um professor dava erros (estava no segundo ciclo). Só mais tarde percebi que eram uns velhos do Restelo ainda em revolta com o acordo de 1991. Lol. Acho que o acordo faz sentido mas não desta forma. E questiono-me se em 25 é necessário haver novo.
no inicio também não me fazia consfusão, era até a parte mais simples do acordo. se é muda, não se lê, também não faz falta, é só uma questão me me habituar a escrever diferente. mas a verdade é que, entre tanto linguista famoso, parece que ninguém se lembrou que a alteração ortográfica pode levar à alteração fonética. só a título de exemplo: nós dizemos esp[é]ctador, mas se lhe retirar o [c], não nós, que mantemos a leitura da palavra igual, com ou sem [c], mas os miúdos que aprendem agora a ler, vão dizer esp[]tador, pois fecharão a vogal por completo. era o c mudo que abria a vogal.
O BE adota o AO.
ResponderEliminarÉ o meu telefone também.
Eliminar(Não resisto)
Ora aí está um assunto com o qual já ninguém se indigna profundamente(se é que alguma vez quiseram saber disso para alguma coisa que não, na melhor das hipóteses, fazer mais um post para publicar nos respectivos blogues...adiante) - porque (também) este foi um acordo político, feito à traição por políticos (acima de tudo ao arrepio da própria Língua), que surge como que por milagre imposto e que já tantas provas deu de abjecta imbecilidade. Como dizia, isto já não é assunto, já não leva ninguém a abrir jornais nem a fazer de conta que os compra, afirmando que os lê (não obstante serem um dos palcos onde mais se evidencia a profunda selvajaria ortográfica para onde o AO nos atirou), não se fazem teasers com isto para abertura de noticiários televisivos, já não alimenta sequer programas em horário pobre onde se conversa pelo telefone com a Dona Antónia e o Senhor Augusto, ela reformada e ele comerciante, sobre assuntos polémicos de interesse público.
ResponderEliminarOlhar para o AO e assistir à degradante chacina da nossa Língua, sem fim à vista, não indigna (quase) ninguém, opá aquilo tem a ver com letras e... antes olhar para os bonecos e achar mal.
concordo em absoluto, Lady Kina. e o que mais me custa é que quando se questionam as imbecilidades (como se retirar consoantes mudas - e aqui nasce a duvida, quem as silenciou? serão todas mudas? sempre mudas? - das palavras, alterando-lhes a etimologia, a colocação da silaba tónica, fosse algo banal) ou as incongruências (veja-se o caso lastimável das hifenizações), atiram-nos à cara que somos conservadores... não, não somos é estúpidos, e dificilmente nos farão engolir um acordo obsceno, assinado por políticos abjectos e alegremente aproveitado por editoras, para vender tudo outra vez, agora em "versão atualizada".
Eliminar[jesus cristo, filho de dois pais... parece que estou num palanque. que não se lei o comentário com demasiada verve. é para ser pacífico.]
EliminarTirar consoantes mudas não me arrelia.. O que me faz confusão são algumas palavras. (como o "para" para "pára") e a cena dos hífens tmb me faz confusão. O " há de " e a" minissaia" :x de qlq maneira já somos obrigados a usa-lo mas sem dúvida que deveria haver discussão. Não sei se sabem mas o Brasil recusou o AO, e usam a forma antiga... Portanto, qual é o sentido? Ou entra toda a gente ou não entra ngm. Acho que que cada variante deve seguir o seu caminho. Haver acordos sim quando necessário mas sem envolver as outras variantes de português. Portanto, era acabar com esta merda e fazerem um acordo que faz sentido. Não sei se em 25 anos faz sentido haver novo acordo (em 1991 foi a data do acordo antigo). Ainda tinha professores passado 10 anos a escreverem "sózinhos" e outras coisas e eu sem perceber como é que um professor dava erros (estava no segundo ciclo). Só mais tarde percebi que eram uns velhos do Restelo ainda em revolta com o acordo de 1991. Lol. Acho que o acordo faz sentido mas não desta forma. E questiono-me se em 25 é necessário haver novo.
ResponderEliminarno inicio também não me fazia consfusão, era até a parte mais simples do acordo. se é muda, não se lê, também não faz falta, é só uma questão me me habituar a escrever diferente. mas a verdade é que, entre tanto linguista famoso, parece que ninguém se lembrou que a alteração ortográfica pode levar à alteração fonética. só a título de exemplo: nós dizemos esp[é]ctador, mas se lhe retirar o [c], não nós, que mantemos a leitura da palavra igual, com ou sem [c], mas os miúdos que aprendem agora a ler, vão dizer esp[]tador, pois fecharão a vogal por completo. era o c mudo que abria a vogal.
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