13 setembro 2015
Refugiados
Ainda me emociono com a música, o que, em si, não é uma má coisa, emocionei-me, por exemplo, com aquilo de ontem no Royal Albert Hall, de certeza que sabem de que estou a falar, a Danielle de Niese a cantar o Edelweiss e toda a sala a acompanhar, desfraldando cartazes de boas vindas aos refugiados, está claro que nenhuma daquelas pessoas adoptará um refugiado, aquilo é uma maneira de dizer, isto de adoptar um refugiado é uma maçada, davam as boas vindas aos refugiados que a Cruz Vermelha acolherá lá para os lados de muito longe das casas das pessoas dos cartazes de boas-vindas, mas o importante é que as nossas memórias foram conduzidas direitinhas para o Capitão Von Trapp a escapar-se nas barbas da SS, no final do festival de música, os nazis à espera do encore e os Von Trapp já a subir as montanhas, acabadinhos de se transformarem em refugiados, uns refugiados melhor vestidos que estes que agora nos chegam à televisão, sem deserto nem Mediterrâneo nem Hungria, mas ainda assim refugiados, e é bem capaz de ser a música a fazer de nós melhores pessoas, capazes de decidir de que lado estamos e nem sequer passaram já setenta anos para ter a certeza de qual é a coisa certa.
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Sobre o que possa ser a humanidade, a existir:
ResponderEliminar(dois testemunhos. a quem interessar, poderá assistir ao "compacto")
https://www.youtube.com/watch?v=Nwr33vzfluQ
https://www.youtube.com/watch?v=tuoIAUZ1JvQ
Que a situação dos refugiados não seja usada para propaganda nazi!
ResponderEliminar.
Nazismo não é o ser 'alto e louro', bla bla bla,... mas sim... a busca de pretextos com o objectivo de negar o Direito à Sobrevivência de outros!
Existem 'globalization-lovers' (que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa), e existem 'globalization-lovers' nazis (estes buscam pretextos para negar o Direito à Sobrevivência das Identidades Autóctones).
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Todos diferentes, todos iguais... isto é: todas as Identidades Autóctones devem possuir o Direito de ter o SEU espaço no planeta!
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Quando se fala no (LEGÍTIMO) Direito à Sobrevivência de Identidades Autóctones [nota: Inclusive as de 'baixo rendimento demográfico'... Inclusive as economicamente pouco rentáveis...] nazis made-in-USA - desde há séculos com a bênção de responsáveis da Igreja Católica - proclamam logo: «a sobrevivência de Identidades Autóctones provoca danos à economia...»
[nota: os nazis made-in-USA provocaram holocaustos massivos em Identidades Autóctones]
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P.S.
Pelo Direito à Sobrevivência:
-> http://separatismo--50--50.blogspot.com/
(antes que seja tarde demais)
http://mobile.nytimes.com/2015/09/14/world/europe/germany-emergency-measures-european-migrant-crisis.html?smid=fb-nytimes&smtyp=cur&_r=0&referrer=
EliminarÓ Rui, explique-se lá, que fiquei sem perceber de que lado é que você está.
ResponderEliminar'The Hills are Alive'
ResponderEliminarMais bem vestidos. Bom vestidos, melhor vestidos. Bem vestidos, mais bem vestidos! É só isto.
ResponderEliminarAi txio, nãum veim qui nãum teim. O filme é quase uma ficção completa daquilo que aconteceu à dita família. A Julie Andrews é fantástica, mas tanto gosto de a ver a cantar nos alpes como no victor victoria.
ResponderEliminarComparar a real ida da família para a América com o que está a suceder com os migrantes é cruel, e comparar a situação dos migrantes com um filme tipo Disney é perverso.
Fica aqui a história:http://www.archives.gov/publications/prologue/2005/winter/von-trapps.html
Talvez fosse mais apropriado comparar a situação dos migrantes com um Lord Jim ou até mesmo com o que passaram as pessoas com o furacão Katrina.
Aproveita-se da história real da família a ida para a América: "Sr. Obama *truz*truz* lembra-se de andar a destruir países por aí só porque sim com o 'migo que aqui esteve antes de si?! Óptimo! Aqui os têm, uma "fêsta" de saudosos agradecimentos."
Também achei a comparação bem desonesta, não consigo explicar porquê, mas achei.
ResponderEliminarjá não vinha cá há muito tempo e reparei que só estão disponíveis as últimas duas publicações do autor deste blog? O que se passou? Como se pode ter acesso aos restantes posts?
ResponderEliminarA coisa certa será talvez aquela que melhor servir os interesses de todos aqueles que merecem uma verdadeira oportunidade!
ResponderEliminarSaber qual é a coisa certa, porque se tem a capacidade de empatia pelo sofrimento alheio, implica acolher, verdade? verdade. Vejamos então, como é que, tantas vezes, acolhemos os outros, quando nos chegam com uma mão à frente e outra atrás em busca de um mundo melhor. Sim, não estou a falar de turistas endinheirados para os quais nos desfazemos em salamaleques interesseiros, em que a qualidade do acolhimento aumenta na mesma proporção do desembolso das notas.
ResponderEliminarNão precisamos de apontar o dedo a nenhum outro país, vamos tomarmo-nos a nós próprios como exemplo, sim, nós o nobre povo cuja fama de bom acolhedor corre mundo. Como é que nós acolhemos, por exemplo, a maioria das pessoas que vieram de África em busca do tal mundo melhor? estou provavelmente a dizer uma enorme asneira, mas parece-me que começamos por colocá-los à parte, todos juntinhos, em guetos, que afinal chamam-se bairros, sem direito a beleza, nem a espaços verdes e que vistos de fora, parecem galinheiros gigantescos, mas eu sou uma grande má língua, porque afinal são é bairros sociais, construídos por nós com todo o amor e carinho, porque para o que eles tinham na terra deles são autênticos palacetes, devo estar mas é calada. E também não devo dizer, que muitas vezes os olhamos de lado, com desconfiança e até dizemos que cheiram mal e que é falta de asseio que isto pobrezinho mas lavadinho, mesmo que tenham que andar a correr de trabalho para trabalho sem tempo de se refrescar pelo meio. Não, não digo que tantas vezes os tratamos como cidadãos de segunda, ou mesmo terceira, sou mesmo má língua. Também não digo que chamamos uma data de nomes feios aos brasileiros, só dizemos que elas são todas umas putas, que nos vêm roubar os nossos homens e que eles são todos uns calões vigaristas que querem ganhar dinheiro sem trabalhar, todos uns grandes criminosos é o que é, cambada. Tenho para mim, que talvez seja por estas e outras, que às vezes, aos acolhidos, lhes dá para começar a partir tudo o que lhes aparece pela frente, deixando os acolhedores muito admirados, realmente aqueles ingratos, logo contra nós que os tratamos com tanto amor e carinho. É por isso que não me surpreende que se recorra aos Von Trapp e a outros exemplos que tais, para melhor sensibilizar, relativamente a isto dos refugiados, é que, infelizmente, parece que é mesmo preciso.
(Pipoco, não é mesmo por acaso que gosto de si, mas também já deve estar farto de saber isto).
Estou em crer que a Cláudia nunca sentiu discriminação na pele. Experimente, é revelador. Nem precisa de sair do sofá, comente como anónimo.
ResponderEliminarO seu comentário também é revelador. Revela que não percebeu o que escrevi.
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