07 março 2015

Sábado, quando ninguém nos ouve

Às vezes, nesses dias em que se me esgotam as baterias das máquinas de falar e ainda faltam três horas de voo ou de estrada para chegar a casa, posso sempre escolher falar comigo, com esse que fica sempre para trás, atrás daqueles com quem falo nas reuniões, daqueles com quem falo ao telefone, ao almoço, daqueles com quem falo sem conhecer. Às vezes é bom falar comigo, perguntar-me como vão as coisas, aceitar-me sem julgamento. Às vezes é bom rever os meus fantasmas, às vezes é melhor escrever mais um post.

4 comentários:

  1. Anónimo7.3.15

    *sem julgamento....sei que ninguém o ouve...mas alguém o lê....

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  2. Anónimo7.3.15

    Não sei, não, mas pode ser o princípio de uma qualquer doença neurodegenerativa, veja lá isso, a idade não perdoa... Falar sozinho nunca é um bom presságio. ^_^

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  3. Por um motivo qualquer, este post enterneceu-me. Queria comentá-lo, mas engasgo-me. Talvez por também eu falar comigo, falar muito, e ter a garganta cheia de palavras não ditas.
    Boa semana, caro Pipoco.

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