Esta é uma boa altura, só estamos aqui eu e tu (sim, tu), os únicos que não estão nas compras ou a preparar o jantar de logo à noite. Eu estou no aeroporto à espera que me levem de volta a casa e tu estás a fazer o que estás a fazer.
Rentes de Carvalho dizia, há um par de dias, que isto dos blogues é como enviar uma mensagem numa garrafa e esperar que alguém, num qualquer lugar e num qualquer tempo, a leia. E é exactamente assim, talvez seja por isso que aqui estamos, eu e tu, entretidos com a magia das garrafas que têm mensagens lá dentro.
Nem todos os Natais são felizes, por mais que nos digam que sim. Neste Natal faltarão pessoas à mesa e em alguns casos, demasiados, nem sequer haverá mesa. A todos nos assiste o direito de estar tristes, mesmo no Natal.
Apesar de nem sempre termos feito a coisa certa, de nem sempre termos dado a mão que nos pediam, apesar de nem sempre termos estado à altura de quem nos quer bem, o Natal é sempre um tempo de boa-vontade. E, se mais nada tivermos, que tenhamos boa-vontade. Que nos apeteça recomeçar, reconciliar, melhorar, fazer mais vezes a coisa certa, talvez seja isso o Natal.
Por uma vez, não te digo o que vejo da minha janela, nem o que aprendi nos blogues, nem te contarei histórias de velhinhas em aeroportos nem te direi em que página de Ulisses parei.
A ti, que me alimentas a magia de abrir a garrafa e ler o que está lá dentro, ainda que tenhas dias em que devolves a garrafa ao mar, desiludido por não haver mensagem nenhuma, a ti, a que comentas sem esperar que te responda, a ti, que fazes parte desta pequena loucura disto dos blogues, desejo um Natal que seja tempo de boa-vontade.
Feliz Natal Pipoco!
ResponderEliminarFeliz Natal.
ResponderEliminarBj
gostei muito deste texto do Ruben Patrick
ResponderEliminarFeliz Natal
Um Feliz Natal. Bom regresso.
ResponderEliminarQue a sua boa-vontade releve a loucura de aqui deixar um conjunto de sinais gráficos... Feliz Natal <3
ResponderEliminarFeliz Natal, Pipoco, e boa viagem. (comoveu-me particularmente a história de mensagens em garrafas ;)
ResponderEliminarAbençoada a lucidez de Rentes de Carvalho! Feliz Natal, que sendo tempo de boa-vontade, se repita todos (pronto, quase todos) os dias do ano.
ResponderEliminarBoa viagem, caro Pipoco. E um Natal cheio de boa-vontade para si. Obrigada pela sua mensagem.
ResponderEliminarUm abraço.
Às vezes isto não são só blogues. Um abraço de Natal para o autor do Pipoco!
ResponderEliminarVim aqui à pressa, desejar que a sua noite de Natal seja igual a uma castanha assada, ou seja, quentinha e boa e recebo de volta mais uma garrafa com uma mensagem que gostei muito de ler, espero que não perca a vontade de continuar a lançar garrafas a este mar...ah! já me esquecia...Natal para mim é isto, partilha, e talvez não exista partilha mais pura, mais desinteressada, que esta, que se faz entre desconhecidos.
ResponderEliminarOh pá...sr dono do Pipoco... quer-me fazer chorar, é?
ResponderEliminarFeliz Natal para si e os seus!
Feliz Natal!
ResponderEliminarCaro Pipoco, esta coisa estranha que aqui escreveu, foi provavelmente a melhor coisa estranha que li na blogosfera neste tempo tão colado ao Natal. Já começava a achar que não existiam coisas estranhas que valessem a pena perder tempo a ler. Logo eu que gosto do lado estranho da vida. Bem haja por isso.
ResponderEliminarTenha um óptimo Natal.
Se há algo que se aprende sobre isto dos blogs é que raramente as palavras surgem impoderadamente, as pessoas se leem por acaso ou dedicam um número irrazoável de horas porque nada mais têm que fazer. É muito mais do que isso, no fim: Pessoa, Cioran, al berto, Franklin, Pascal, só para fazer uma selecção muito limitada, teriam sido bloggers, estivesse a tecnologia dos "weblogs" acessível no tempo deles. Esta forma de expressão, a meio caminho entre o confessional e o proclamatório, entre o privado e o privado, é universal no espaço e certamente no tempo, pelo menos desde que há registos escritos. O meio é diferente, a forma, essa, mantém-se inalterada.
ResponderEliminarAproveito para enviar os votos de festas felizes ao caro PMS (e ao caro RP, pois claro).
Feliz Natal, Tio Pipoco :)
ResponderEliminarBonito ... :'). ( hoje é Natal).... Que seja bom.
ResponderEliminarobrigada querido, é com muito gosto que comento sem esperar resposta, e alimento a magia da garrafa. Feliz Natal.
ResponderEliminarGostei da questão da garrafa (agora já sei o que fazer com as vazias, quando se termina o vinho, tinto, cá em casa)...
ResponderEliminarMas, acima de tudo (e sem qualquer ironia) venho agradecer e desejar um óptimo natal. Eu sou das que, por esta altura, desejo que estes dias passem rápido. Como quando tiramos um penso de uma ferida. Nem sempre foi assim. Esta já foi a minha altura preferida do ano. Quem sabe um dia destes não volta a ser? Ainda não é este ano...
Um bom Natal, caro Pipoco, junto das pessoas que mais gosta, dos seus cães e dos livros!
Dia feliz!
ResponderEliminarFeliz Natal Pipoco miúdo.
ResponderEliminarHmmmmmmmmm ...
ResponderEliminarFeliz Natal Pipoco.
ResponderEliminarGosto quando se deixa ver aí atrás. Feliz Natal (ainda devo ir a tempo)
ResponderEliminarEngraçado, na ânsia de um regresso isso nota-se, quando estamos sozinhos não sentimos falta da multidão nem de um indivíduo, mas de cada indivíduo, da comunidade, mesmo de uma comunidade forçada. E soamos como se estivéssemos bêbados de meio copo de whisky num aeroporto. Bom Natal (passado).
ResponderEliminarPor detrás disto dos blogues estão pessoas, e isso é tudo de bom, ainda que nunca se tenham visto ou conhecido... Feliz Natal, todos os dias!
ResponderEliminarNatal numa palavra? Hipocrisia.
ResponderEliminarBoas festas, tio! Sem prendas e muito menos caras, sem exageros de comidas e de bebidas, mas foi natal... o meu natal.
ResponderEliminarO querido tio pipoco. O meu natal foi na companhia da minha mãe e avó. A minha avó, que sofre do estômago e de quase tudo, no alto dos seus 84 anos passou a noite da consoada a vomitar. Eu esfregava-lhe as costas enquanto a minha mãe lhe preparava um chá. Recebi de prenda uma medalha de ouro para pendurar no fio que trago ao pescoço desde Abril, um que delicadamente resgatei da caixa de jóias da minha mãe. Recebi uma nota da minha avó. E o natal passou. Muito rápido. Sem comidas, prendas, familiares nem sequer árvore de natal. Beijinhos tio
ResponderEliminarCriador do Tio Salgado, gostei muito deste seu post e tocou-me muito a parte da falta de pessoas, que nos são muito importantes, à mesa... Como venho atrasada _ e o que conta é a intensão_ desejo-lhe um feliz Natal...2015. :)
ResponderEliminarBjnhos,
VW