Nas manhãs a seguir às noites de dormir (ainda) menos que o costume, nesse tempo que demoro entre os dois lugares da minha vida e que, com parcimónia, dedico a pensar nas coisas que realmente interessam, dou conta que estou a decidir melhor e mais depressa, dou conta que consigo evitar com amis mestria o que me enfastia, que aprimorei a arte de evitar quem não (me) interessa, distinguindo aqueles que têm que ser evitados com elegância e os outros, os que requerem tratamento mais assertivo, dou conta que prefiro agora os melhores livros e as melhores películas, que procuro as melhores pessoas e que distingo agora os pormenores que fazem a diferença e os que nada acrescentam.
A este estado de espírito, alguns chamam maturidade. Eu chamo-lhe bagagem.
Eu também...
ResponderEliminarMaturidade na sua idade seria um pouco estranho.
ResponderEliminarBagagem ? E não pesa ? Mesmo a Vuitton and Co ?
Maturidade é saber dar uso à abundância de bagagem que a vida oferece. Não tem idade.
ResponderEliminarE se mantivermos a bagagem necessária, fora com a supérflua, conseguiremos ir mais longe. Ou mais perto. Mas a escolha é nossa. :-)
ResponderEliminarBom fim de semana, caro Pipoco!
Estamos a ficar velhos meu caro. Velhos e com pouca paciência. Embora admire o seu primoroso eufemismo.
ResponderEliminarAbraço!
Está provado que quanto mais velhos, mais pacientes (os jovens é que é tudo para ontem). Reveja lá essa sua teoria. ;)
EliminarEngano. Quanto mais velhos, mais impacientes. Nada de lirismos ...
EliminarQuanto mais velhos mais impacientes com o consumo rápido, superficial, mais pacientes com a profundidade das coisas. A bagagem leva-nos nos dois sentidos.
EliminarQuanto a mim, claro. :-)
Infelizmente a idade varia na proporção inversa do tempo que nos resta. Não sei se é universal mas a pequena esponja que alojo no crânio sente-se inquieta com a injustiça deste fenómeno.
EliminarQue queres, digo-lhe eu pacientemente, isto é como as filas de espera (sabes, as malditas bichas), é hábito ser por ordem de chegada.
Não te habitues muito a essa ideia, responde-me.
Fico sem lhe responder. Aprendi há muito a não questionar a sua inteligência prática.
"distinguindo aqueles que têm que ser evitados com elegância e os outros"
ResponderEliminarComeça a ser aflitivo... Não ficaria melhor, correcto, se tivesse escrito: "que têm de ser evitado"? De uma cajadada só, matava dois coelhos; não repetia o som "que" e usava o "de" já que é algo que indica uma obrigação, um desejo, um dever ou necessidade.
????
EliminarMas que tontices escreveu este anónimo. Concordo com a Cláudia.
Eliminar????
Bagagem pode ter uma conotação menos positiva (para mim) - mesmo estando associado a algo que adoro: viajar! - maturidade também não gosto.
ResponderEliminarPrefiro, neste contexto, usar experiência ou assim...
Bom fim-de-semana (e que logo o Sporting ganhe!)
A bagagem adquire-se com a maturidade, caríssimo Senhor (mais) Salgado.
ResponderEliminarVotos de um excelente fim de semana.
Grande bagagem!
ResponderEliminarO caro amigo Salgado continua a baralhar-nos com o exacerbado simbolismo do seu discurso cuidadosamente meditado algures entre um delicioso cohibas e um venerável dalmore e transcrito com diligência por um meticuloso e brioso Ruben (pobre rapaz, bem hajas):
ResponderEliminarnos Porsche a bagagem vai à frente
(e mais não digo, para não ser acusado de abandalhar uma matiné com assuntos pouco próprios)
;)
( sorriso malandro de quem interpreta comentários a pensar em travessuras)
EliminarDiga ou não diga, Quiescente, o que diz e o que fica por dizer, valem a matiné .
ResponderEliminarSalve-nos quem puder.
abraço
Agora que me fez pensar nisso...desconfio que se pode alcançar a maturidade, tendo visto muito pouco, ouvido muito pouco, lido muito pouco, experimentado muito pouco...também escolhia bagagem.
ResponderEliminar(Ninguém se devia coibir de abandalhar estados de graça, muito provavelmente só se incomodariam os a ser evitados de forma mais assertiva ;))