Bem sei que houve harmonia na família e risos à mesa e toda a família esteve unida, conversando até altas horas da manhã sobre a temática da maravilha de estar juntos, afinal o natal é a família, bem sei que os risos das crianças ecoaram pela casa, tão felizes, afinal o natal são as crianças, bem sei que o vinho estava à temperatura certa e que era daqueles vinhos especiais, escolhido pelo tio que sabe escolher vinhos, bem sei que o bacalhau estava com a dose certa de sal e que o peru, sabiamente trinchado pelo maravilhoso homem da casa, estava com o grau de assadura perfeito, bem sei que os presentes foram exactamente os desejados, tudo coisas de utilidade, tudo criteriosamente doseado, compras inteligentes e de valor sentimental, a mais apreciada foram as bolachinhas feitas pela sobrinha mais nova, bem sei que o momento da entrada do pai natal foi inesquecível, os olhinhos brilhantes das crianças que desafiaram o soninho até tão tarde, os mais velhos a perpetuar a magia do momento para não estragar a ilusão dos mais pequenitos, tão fixados eles estavam, as bolachinhas meio comidas e o leite morninho para o pai natal meio bebido, que os pormenores não são para descurar, bem sei que foram, de mãos dadas e bem agasalhadinhos, à missa do galo, e sei muito bem que o momento de regresso a casa, reflectindo na palavra do Senhor, vos deu paz interior e felicidade absoluta.
Mas, agora a sério, que tal correu esse vosso Natal?...
Eu vi o campeonato de natação de Glasgow e fiquei com dores nas bochechas pelo sorriso amarelo que durou cinco horas.
ResponderEliminarNo hospital. A acompanhar o meu pai que ficou internado. Um Natal diferente passado com pessoas desconhecidas e que revelou um espírito solidário de quem estava "no mesmo barco".
ResponderEliminarcentenas de crianças a correr pela casa, aos gritos, a quem eu gostaria de educar, coercivamente, o modo de estar em silêncio, ouvindo a tia, prima, madrinha falar da vida e das coisas importantes.
ResponderEliminarcontinuação de boas festas, Sir.
Pai, mãe, irmão.
ResponderEliminarQuatro pessoas a fingir que sabem brincar ao Natal.
Divertidíssimo, portanto.
E eu já nem recebo presentes, que era o giro do Natal.
Só souberam dar-me para as mãos essas coisas chamadas livros.
Imensas coisas dessas com folhas e letras. Enfim...
E também não houve perú, nem bacalhau, nem coma diabético, nem coma alcoólico. E também não houve acidentes rodoviários.
Um dia como tantos outros. Estou aqui que nem posso à espera do próximo ano.
Uma canseira, com uma sogra que não parava de falar da vida alheia e uma grande enxaqueca.
ResponderEliminarCaramba Tio Pipoco... depois de ler a descrição supra só posso acrescentar que, se não receberam o Guia das Aves (o guia de campo mais completo das aves de Portugal e da Europa), o Natal não pode ter sido assim tão bom.
ResponderEliminarUma farsa.
ResponderEliminar6 bípedes, 2 quadrúpedes ( ou será que foi ao contrário? ) , tachos, panelas, travessas e tabuleiros, demasiada (excelente) comida, bebida de festividades, Gin & Tonic toda a tarde e acho que houve Karaoke que eu já sei que lamentarei para todo o sempre. Num computo geral, por cá foi bom , e o seu , caríssimo Senhor ?
ResponderEliminarSem sossego, lendo adoráveis manuais técnicos que escaparam à lareira para resolver avarias ainda hoje. É o problema das unidades de produção. Toda a gente quer tudo para poupar e além disso barato e bom, mesmo após incontáveis prelecções: nem o bom é barato nem o barato é bom. Só mesmo com o pai natal.
ResponderEliminarFoi óptimo. Recebemos um presente especial, vimos finalmente a fronha do menino e houve um coro muito afinado a cantar lindo em uníssono. Depois pudémos apreciar alguns produtos de fabrico chinês e todos tiveram muita contenção para não ofender o próximo. Foi um Natal muito abençoado e aguardamos ansiosamente pelos desejos de ano novo, incluindo a cor da lingerie e os trapos da Zara e daquele novo armazém do Colombo.
ResponderEliminarOh! Este ano não houve bolachas de manteiga, esquecimento terrível, também passámos a missa do galo, a tempestade afugentou-nos, de resto confere, até o peru admiravelmente esquartejado pelo mano mais velho. Foi um Santo e feliz Natal ao som das gargalhadas de infantes e graúdos, todos na paz do Senhor.
ResponderEliminarContinuação de boas festas
Patricia
(É assim, não é? Olhe que, parecendo que não, isto aborrece um pouco)
Foi assim, taliqual:
ResponderEliminarhttp://quadripolaridades2.blogspot.pt/2013/12/natal-quadripolar-eu-explico.html
Foi bom. Este ano até tive 2 ou 3 presentes e tudo. E foi giro fazer de anfitriã no dia de Natal - menos a parte de ter de me levantar cedíssimo para pôr o peru no forno).
ResponderEliminar(geis de banho, cremes e velas reciclados de natais passados que a minha família me costuma impingir não contam)
Houve bolachinhas feitas pela sobrinha mais velha mas estavam intragáveis. No mais, tirando a missa do galo e acrescentando os omnipresentes gadgets, até confere com a descrição.
ResponderEliminarMuito obrigada PMS por me ter permitido hoje, finalmente, sentir a alegria de uma harmonia natalícia. Com os seus comentadores (a maior parte) ,A quem agradeço na amizade virtual disponível, desejando-lhes um resto de ano muito tranquilo ...até ao ciclo Fim-de-Ano.
ResponderEliminarEste ano fomos 30, cada ano acrescenta alguém que julgava ter de passar o Natal só e, entre tias completamente surdas e crianças cheias de ideias e gritos e , o bacalhau até lascava, os copos tiniam e os risos cantavam e até a cozinha que durante o ano inteiro é enorme, estranhamente encolhe no Natal e há um despique continuadamente masculino, diga-se, sobre a qualidade dos vinhos a serem servidos. Contaram-se histórias do antigamente, brindámos aos nossos ausentes/presentes, missa do galo, vinho e chocolate quente, queijo e abertura de presentes que têm de regra bem antiga serem poucos e com sentido, xixi cama, sim, em noite de Natal, ninguém se lembra de mandar lavar os dentes e com os pés quase a queimar na lareira, alguém me perguntava porque é que falava tão alto, já que as tias surdas já se tinham retirado. Um lapso que só justifico pelo bem temperado que estava o vinho quente...
ResponderEliminarÉ a noite em que sou uma sem-abrigo por falta do riso da minha mãe e, quem sabe, talvez por isso me sinta à mesa com ela quando sento os amigos que se julgavam sós ao pé de mim e lhes lembro que me devem servir apenas o melhor vinho.
Maria Helena
Xixi na cama em noite de Natal, ninguém merece, não tive disso, em compensação o cão vomitou, uma reacção ao antibiótico, diz o mano veterinário, o seu Natal parece ter sido tão alegre como o meu e fico feliz com isso.
EliminarFestas felizes e sai daqui um forte abraço (aposto que está a sorrir Engenheiro) e um beijinho.
Patricia (Stiletto)
Excelente começo de dia com este encontro- a Doutora d'Ávila dizia que o céu era o encontro.
EliminarOutro abraço, Patrícia.
Maria Helena
(não foi na cama, foi xixi-cama)
Muito melhor assim, não sei se é trauma meu, tanta cama que já mudei a horas impróprias, se falta de vista, li o post no Tm.
EliminarPatricia
Não queria estragar belas recordações de Natal com acontecimentos animalescos, pois que também os tive, mas vou no mote : os gatos vomitaram (os dois!) amêndoas e pinhões inteiros e tâmaras Medjool ! Estes gatos só podem ser gourmet pois não tocaram em mais nada. Agora estão de castigo só com ração e já lhes dei uma prelecção sobre a gula. Beijinhos. D
EliminarFui eu e a minha mãe à mesa.
ResponderEliminarOs outros ja morreram.
Olhe aqui, a beleza que a tristeza pode conter:
Eliminarhttp://www.publico.pt/contos-de-natal
Espero que goste.
Maria Helena
correu bem, obrigada! porquê?
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