...em que ainda se vendiam bolos nas pastelarias, em que era provável que os sorrisos das fotografias de férias acabassem emoldurados numa parede, em que me parecia que as músicas do Brothers in Arms eram como os jantares da Elite Models, em que a minha profissão de sonho era ser arrumador de carrinhos de choque.
Já não é esse tempo.
A pergunta óbvia: que tempo é?
ResponderEliminaré sim. Compro bolos em pastelarias, penduro sempre as minhas fotos das ferias e a musica de outros tempos ainda me anima.
ResponderEliminarPaulinha
"profissão de sonho era ser arrumador de carrinhos de choque." nunca tinha pensado nesta profissão como profissão de sonho mas gostei da ideia, levou-me às memórias do tempo em que gostava de feiras populares. também já não é esse tempo.
ResponderEliminar"em que a minha profissão de sonho era ser arrumador de carrinhos de choque" tio Pipoco, esse era o seu sonho ou o do Rúben Patrick?
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ResponderEliminarQue saudades desse tempo quase pré-histórico em que o Sporting lá ia dando laivos de poder ser campeão.
A minha profissão de sonho era ser pedreiro. Por um triz não alcancei.
Mas pode voltar a ser...as inscrições para a Casa dos Segredos estão abertas até 15 de Setembro não ouviu a tia Teresa?
ResponderEliminarVá lá, agradeça-me depois ;)
Para mim também houve um tempo, que recordo com bastante saudade.
ResponderEliminarQuando tinha doze anos a minha profissão de sonho era ser escritora, foi quando vi o meu futuro distintamente e andava empolgada. Escrevi um romance que iria mudar o mundo da literatura, que era uma história em que Deus e o Diabo discutiam acerca de uma esposa frígida e de uma amante de coração puro, e depois fui entregá-lo a um amigo do pai, que era o director do jornal da Vila, e também era editor, e ele mesmo já escrevera mas sem grande sucesso.
Algum tempo depois ele chamou-me lá, estava visivelmente acabrunhado e disse-me, sem me encarar directamente. Esta história tem um ponto de vista muito complicado. É difícil compreender como uma menina da tua idade já sabe tanto com respeito à vida.
Não lhe respondi e olhei com pena para aquele velho homem a quem o sucesso passara ao lado. Esfumou-se o meu sonho de ser escritora e voltei para o futebol com os rapazes.
Cumprimentos da,
Sheila Carina.
Desculpe a curiosidade. Acabou por ser jornalista, não foi?
EliminarDesculpe outra vez, mas parece-me reconhecer o seu estilo.
Sim! Com doze anos era bem desenvolvidinha para a idade e, se fosse eu o editor, era bem capaz de me surpreender também. :)
EliminarUm sorriso sem maldade, sim?
Rita.
Não sei qual é o meu estilo literário, mas não sou jornalista e formei-me numa área totalmente diferente. Com recurso a muita leitura e ainda continua depois de dez anos de formação, mas não leitura de lazer nem por entretenimento.
EliminarPara a Rita.
O pai possuía e ainda possui uma imensa biblioteca, onde eu refugiava a minha desventurada fealdade e imergia em viva leitura.
O pai nunca me disse, mas eu fiquei desconfiada que o editor falou com ele porque a partir daí as estantes foram protegidas por vidros e cerradas a cadeado.
Respondi porque não quero passar por malcriada, mas agradeço a gentileza de não me colocarem mais questões pois torna-se muito deselegante ter de responder ocupando um espaço que não me pertence.
Pelo facto que não terá continuidade, peço muita desculpa ao Pipoco.
Sheila Carina.
Seja o tempo que for,é agora, mas Brothers in Arms é intemporal .
ResponderEliminarAnd I get so tired when I have to explain
When you're so far away from me
See, you been in the sun and I've been in the rain .... E nas montanhas e no Algarve... E feliz.
A adolescência deixa sempre saudade...
ResponderEliminarSome day you`ll return to
your valleys and your farms
and you`ll no longer burn
to be brothers in arm