Nos dias da semana, dias de fato cinzento, camisa branca e gravata azul, os tipos do banco que quer vender cartões de crédito em centros comerciais não despegam, "posso roubar-lhe só um minuto?", que não, que tenho pressa, talvez um destes dias, "mas é mesmo só um minuto, e oferecemos uma máquina de não sei quê, e ...".
Ao fim de semana, óculos escuros, barba de três dias, calças de ganga e t-shirt, passo devagar junto dos tipos do banco que quer vender cartões de crédito em centros comerciais, com tempo, rio-me para dentro quando os tipos do banco que quer vender cartões de crédito em centros comerciais olham para o outro lado, nem uma tentativa de me roubar o tal minuto de atenção.
Ilusões!!!
ResponderEliminarTanto "teso" dentro de fatinho cinzento...
T-shirt? Depreendi que: a influência negativa da manga curta na indumentária masculina, tem mais peso junto dos homens ;)
ResponderEliminarSheila Carina.
um dia, dei um minutos dos meus a esses senhores que vendem sonhos sem comissões nem anuidades.
ResponderEliminarescutei pacientemente... Quando lhes disse que este cartão de crédito vinha mesmo a calhar porque precisava urgentemente de dinheiro para pagar dívidas de jogo, a atenciosa senhora fugiu (literalmente) escondendo-se na casa de banho. fui atrás dela e enquanto batia na porta, ela gritava desesperada "-deixe-me em paz!"
Nunca mais a vi...gostava um dia de lhe dizer que estava a mentir, assim como ela também esteve durante todo aquele minuto que a ouvi pacientemente.
... em "como o Pipoco também tem alguma coisa a dizer sobre o episódio Oprah".
ResponderEliminarAnaB
Raramente sou abordada por esses senhores. Um dia descobri que é porque não pareço ter a idade mínima para o cartão que eles tentam impingir... O que apenas significa que os cremes estão a fazer o seu trabalho!
ResponderEliminarTipos de fatinho e gravata, são como os chapéus do saudoso Vasco Santana : há muitos, não valem é grande coisa e os palermas sabem-no bem. Quanto a um estilosa weekender, deve ter a carteira a abarrotar de dourados e platinados e perder tempo por perder tempo, que pelo menos dê frutos ! Daí o ataque a otários e pelintras, de fatinho e gravata, pois claro. A formação instantânea de 15 minutos não lhes deu know how para distinguir entre um Anderson&Sheppard e um Primark 2013
ResponderEliminaralguém dizia há uns tempos qualquer coisa como "só alguém com uma profissão francamente boa se pode dar ao luxo de vestir o que bem entender". Não sei se concordo totalmente mas acho interessante como as pessoas se iludem tão facilmente pelas aparências. Não é só em Portugal mas há países em que é diferente, em que entrar numa loja da Louis Vuitton (e não gosto da marca, aqueles monogramas repetidos ferem-me os olhos) de calças de ganga rasgadas ou de fato de uma marca topo é igual. Em Lisboa (como em tantas outras cidades, ser-se tacanho não é característica exclusiva dos Portugueses), não é bem assim. Parece que é preciso vestir um fato de gala para entrar numa loja da Av. da Liberdade. Lembro-me sempre das senhoras que guardavam o vestido melhor para a missa de domingo.
ResponderEliminarNão concordo. Já entrei nessas lojas de calças de ganga, ténis e t-shirt ranhosa e sempre fui bem atendida. Pelo contrário, fui esnobada na Gucci em Berlim.
Eliminarentão fui eu que tive azar com as pessoas que me atenderam, acontece e realmente generalizei.
EliminarNa aldeia é notório o desleixo da minha vestimenta. Por uma ou outra fotografia sabem que os tenho, mas de fato e gravata nunca me viram, sim de calças velhas, camisa e botas idem.
ResponderEliminarPasso na rua e uma vizinha a quem a surdez leva a falar alto aponta-me à amiga:
- Anda sempre assim.
- Também não precisa de andar bem vestido. Já é doutor - responde a outra.
Bem apontado... e tal qual como diz o Senhor Pipoco, o hábito não faz o monge, longe disso .
EliminarA mim, a minha inefável dona Fátima, senhora da Afurada e de inestimáveis préstimos em prol do meu bem-estar caseiro, diz-me assim:
ResponderEliminar- O senhor Corvo, que pena; tão bem posto, tão arranjadinho e é do Benfica.
Tem bom gosto, a inefável D. Fátima ...
EliminarAcho que tem melhor coração. O marido, bêbedo e vadio por natureza e devoção, não trabalha, tira-lhe todo o dinheiro da carteira, arreia-lhe forte e feio e quando eu lhe pergunto:
Eliminar- Então, dona Fátima; não pôde vir esta semana, foi?
- Pois não, senhor Corvo; tive que ficar a tratar do meu homem que veio do hospital.
- Então, e o que tem ele?
- Tá de cama, coitado. Andou à pancada com uns mouros benfiquistas lá na tasca e agora nem se pode mexer, coitadinho.
A questão é: D. Pipoco também vai a centros comerciais!?
ResponderEliminarFinalmente, A questão...
Eliminar(era uma espécie de jogo, ao estilo do Zé Luis que tem telefones a tocar algures há dois séculos...)
Então era essa A questão ?
EliminarEntão as Bertrand's e as FNAC's desta terra situam-se invariavelmente onde ? Much ado about nothing....
Nunca foste ao Oeiras Parque concerteza! Fugir do indiano dos cartões requer habilidade e estratégia. Ele ia atrás de ti, mesmo se aparecesses tal qual Adão Renascentista!
ResponderEliminarO meu truque? Puxar do telemóvel e teatrizar uma conversa dramática afasta qualquer investida 'barclarizada'. E resulta para estas tentativas como para outras abordagens de rua! Experimentem! Resulta! E ainda falam convosco próprios, o que é sempre bom: "há quanto tempo não fala consigo próprio?"
ResponderEliminarQue estranho, ao fim-de-semana vou de calções de ganga, top tank e havaianas e mesmo assim eles pedem para me roubar um minuto. Devo ser eu, que mesmo de ganga irradio glamour
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