01 janeiro 2013

São tão doces os primeiros dois dias de Janeiro

Chegaremos a horas ao trabalho e sairemos a tempo de jantar em família e deixaremos de fumar e comeremos só saladas de rúcula e sorriremos ao chefe e ligaremos aos amigos em vez de lhes enviar mensagens por telemóvel e não comeremos fritos nem doces e tomaremos só um café por dia e leremos bons livros e não perderemos tempo a ver programas de televisão de pessoas fechadas em casas e pediremos sempre factura e andaremos mais de bicicleta e cumprimentaremos as pessoas nos elevadores e não nos riremos dos maus blogues e daremos sempre passagem no trânsito e não chamaremos nomes feios às mães dos árbitros e apagaremos os perfis de facebook.

12 comentários:

  1. Anónimo1.1.13

    O poder da negação nos primeiros dias do ano é fascinante!

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  2. Anónimo1.1.13

    E seria uma sensaborice se fosse todo o ano assim...

    Feliz 2013!

    Madalena

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  3. E depois os primeiros 2 dias do ano passam e a vida volta a ser "tranquila" :)
    Bom ano pipoco!

    DESBOCADO!

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  4. Ahah É o "este ano vou estudar mais" versão "gente crescida". :)

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  5. Ah não... Deixar de fumar é que não!

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  6. pássaro viajeiro2.1.13

    Se são! Doces e meigas palavras derramando mel.

    E abrirei a porta do entendimento à mente enclausurada, e qual torrente impetuosa a derramar sabedoria, lerei e inundá-la-ei de inefável conhecimento.
    O que aqui se aprende.
    Andei uma eternidade arrastando a minha triste existência por este vale de lágrimas aos caprichos de uns ventos laterais, imergindo ali, emergindo aqui, tombado para lá, equilibrado para cá e quando pensei que tudo sabia...pasme mundo! Constatei que afinal não passo de um ignorante. Sim senhor! Quem diria!
    Abençoada cultura, indelével sabedoria, inefável conhecimento, incomensurável omnisciência que se desprendeu da galáxia dos astros flutuantes para resplandecer nas mentes asininas.
    Então não é que a a dor mais profunda, o desgosto mais pungente, o desespero mais terrível de uma vida, as trevas de uma existência naufragada, o ocaso de toda a esperança pela morte de um ente querido tem um prazo de dois anos. Nem mais nem menos; dois anos! Ora aí está! Poderia lá eu, ignara criatura, imaginar, ou dar laivos disso a tanto iluminismo expansionista? Nem nos meus mais desvairados sonhos, nem mesmo hipoteticamente conjecturando chegaria lá. Nem a aproximação, quanto mais!
    Dois anos é, e que ninguém se atreva a contraditar, o prazo de programação para os sentimentos; sejam eles de que natureza forem. Um e meio é irrisório com direito a cirúrgica censura por gente de princípios; dois é...não, não é! Ia dizer normal, mas estava a ser burro. Dois é, portanto, a fronteira onde quaisquer sentimentos, obrigatoriamente terminam!
    Portanto é assim! Num prazo de dois anos após perda do ser amado, exige-se dor, saudade e comedimento de comportamento devasso, ou pelo menos pouco condicente com tanta desesperação.
    Findo o prazo programado, nem mais um segundo. Abrir o champagne e ala que a vida são dois dias.
    É bem verdade, só que a gente nunca acredita: por muito que se aprenda morre-se sempre burro.

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  7. ... e emagreceremos os quilos necessários para cabermos na roupa sem termos aquela sensação de quem está espartilhado num colete de forças... As resoluções de Ano Novo são um cabo dos trabalhos de boas intenções... e de boas intenções lá diz o ditado... Fez ontem quatro anos e 12 quilos que resolvi deixar de fumar... ainda sonho que acendo um cigarro e me sabe pela vida. Nunca mais consegui força de vontade QB para levar o outro projecto avante. Se gostava? Muito!... Se quero? Muito!... Se consigo?... Pois..

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  8. Anónimo2.1.13

    E não gastaremos o que temos e o que não temos em trapos e sapatos... Mas oh que chatice, estamos mesmo em época de saldos. Até ao fim dos saldos não conta. Oh... fica para o ano! Ahahaha! Ainda só passaram dois dias e já estou a falhar!
    Beijinhos Pipoco, e um bom ano de 2013!
    (Filipa)

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  9. Felizmente isso passa tudo.

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  10. E depois acordamos para a vida real, deparando-nos com a nossa própria imperfeição. Avé Nós.

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