Trata-se do seguinte: quem leu sente-se uma grande intelectual da nossa praça, por nisso não acredita que um bando de miúdas sejam capazes de fazer algo tão intelectualmente exigente como ler 500 páginas sobre os amores e desamores de uma mulher bonita.
(é também o motivo pelo qual estas pessoas se apoquentam com a literatura light mas não se insurgem contra os filmes foleiros - ler era um traço distintivo da sua superioridade intelectual, não é para a populaça vir por aí fora armada de paperbacks)(eu acho a Karenina um dos clássicos mais acessíveis que há)
Rita, é isso, não é? Eu acho a coisa mais saudável do mundo que as pessoas se disponham a ler, seja o que for. É o que estas miúdas estão a fazer, caramba. A ler.
Nota 2: os machos também aderiram - http://www.machosensivel.com/search?updated-max=2013-01-17T11:16:00Z&max-results=1&start=2&by-date=false
Portanto, não criticamos o conteúdo, porque somos suficientemente lúcidos para ter uma visão diferente da manada numero 2 (a manada número 1 é a que lê o livro e a manada número 2 é a que está sempre do contra), mas para não corrermos o risco de que a manada número 2 nos inclua erradamente na manada número 1 [ai, que maçada, já estou cansada], criticamos subtilmente a forma, designando os integrantes da manada número um por "miúdas". É isto?
Pois não chegam. Aliás, nem elas nem ninguém chega a lado nenhum por mais voltas que dê. Quem pretender resultados só tem um caminho. Meia volta e já tá. Uma volta leva-nos sempre ao ponto de partida, mil voltas leva-nos mil vezes ao início. Cansa-se a gente, enerva-se, grita-se com a sogra, arreia-se na legítima e pontapeia-se o cão. Meia volta, na boa e regalado, e lá se está no oposto pretendido.
O livro não é de difícil leitura. É grande mas lê-se bem e o que interessa é pôr a malta nova a ler e já agora uns ditados e cópias também não faria mal nenhum, assim como rever a gramática.
É que se calhar só estão a ler porque alguém pseudo-famoso as convidou a tal, e isto de pertencer à manada fá-las sentir importantes. Ainda assim é bom que leiam, quem sabe, até ficam com vontade de ler outras obras do autor ou dos seus compatriotas. Carmo
E não há problema nenhum, antes pelo contrário. Uma das coisas que aprendi é que os autores/livros que nos assustam, são geralmente muito mais acessíveis do que geralmente pensamos. O Ana Catarina é um livro grande, mas nem por isso inacessível, e se puser o pessoal a ler, porque não?
(e nao li (ainda), confesso)
(sei a história, e não me desperta especial prioridade e ler)
Implicância com as miúdas pah! Meh... Eu ando a ler "Cordeiro - O Evangelho Segundo Biff o melhor amigo de infância de Jesua" porque me custou 3.50€ na fnac... Às tantas nunca vou ser intelectual. Mas antes deste li "A insustentável leveza do ser", já sou inteligente agora? Ainda mais porque ninguém me mandou ler! Sim?
Isto já está noutro lado, mas calha aqui bem, ou pelo menos não destoa por aí além. Funciona assim no que à blogosfera, (fanática pela leitura) diz respeito. Em 100, a título exemplificativo, mais alma menos alma, metade ouviram pela primeira vez falar em “Anna Karenina.” Sobram cinquenta. Desses, metade têm tanta vontade do o ler como eu tenho de ser empurrado para a linha do Metro. Sobram vinte e cinco. Metade dizem que vão ler, mas vão tanto lê-lo como eu hei-de ir a Marte. Restam seis, e mais uma alminha errante. Três vão ler sete páginas numa semana, um, oito num mês; e sobram dois que o vão ler efectivamente... ou já leram. Um sou eu, o outro pode ser o caro senhor. Todos os que foram sobrando aquando da separação das águas e os que foram nadando e afogando-se, formam o conjunto, uno e indivisível das 100 omnisciências do imensurável condomínio que, numa de muito bom-tom, juram a pés juntos que morrer sem ter lido “Anna Karenina” é ter passado pela vida vegetando.
"Todas as famílias felizes são iguais. As infelizes o são cada uma à sua maneira". Pegando no inicio da obra, talvez se possa ali ver alguma paridade com esta discussão de quem lê ou não lê, de quem entende ou não entende o livro. Talvez...
Mas leram mesmo ou foram ver o filme, viram-se aflitas (porque aquilo na fase inicial é um bocado confuso) e agora escrevem nos blogues que leram, "por que sei lá, é mais chique, tá a ver?"
Bah!
Tolstoi não tem nada de complicado. Lê-de a biblia, e aí sim, ficam pasmadinhos com tantos embróglios! muahahahahahaha
Trata-se do seguinte: quem leu sente-se uma grande intelectual da nossa praça, por nisso não acredita que um bando de miúdas sejam capazes de fazer algo tão intelectualmente exigente como ler 500 páginas sobre os amores e desamores de uma mulher bonita.
ResponderEliminar(é também o motivo pelo qual estas pessoas se apoquentam com a literatura light mas não se insurgem contra os filmes foleiros - ler era um traço distintivo da sua superioridade intelectual, não é para a populaça vir por aí fora armada de paperbacks)(eu acho a Karenina um dos clássicos mais acessíveis que há)
Rita, é isso, não é? Eu acho a coisa mais saudável do mundo que as pessoas se disponham a ler, seja o que for. É o que estas miúdas estão a fazer, caramba. A ler.
EliminarNota 1: Mas não deixam de ser "miúdas", n'é?
EliminarNota 2: os machos também aderiram - http://www.machosensivel.com/search?updated-max=2013-01-17T11:16:00Z&max-results=1&start=2&by-date=false
Portanto, não criticamos o conteúdo, porque somos suficientemente lúcidos para ter uma visão diferente da manada numero 2 (a manada número 1 é a que lê o livro e a manada número 2 é a que está sempre do contra), mas para não corrermos o risco de que a manada número 2 nos inclua erradamente na manada número 1 [ai, que maçada, já estou cansada], criticamos subtilmente a forma, designando os integrantes da manada número um por "miúdas". É isto?
Ai, esgotei-me, passem-me os sais.
S.
:D
EliminarQuando li o post pensei: "ai o Dom Pipoco a confundir os que se pensam do seu grupo".
AnaB
E não é que eles caíram todos, AnaB? :D
EliminarRecostemo-nos a saborear o nosso cházinho adoçado com mel, enquanto eles se estatelam à nossa frente.
À saúde do Pipoco! *Tchin tchin*
S.
É que é isso mesmo. Andam às voltas e voltas e voltas.... Chegarão a algum lado?
ResponderEliminarPois não chegam. Aliás, nem elas nem ninguém chega a lado nenhum por mais voltas que dê.
EliminarQuem pretender resultados só tem um caminho. Meia volta e já tá.
Uma volta leva-nos sempre ao ponto de partida, mil voltas leva-nos mil vezes ao início. Cansa-se a gente, enerva-se, grita-se com a sogra, arreia-se na legítima e pontapeia-se o cão.
Meia volta, na boa e regalado, e lá se está no oposto pretendido.
A mim aborrece-me por três motivos:
ResponderEliminar1)Porque é moda;
2)porque não irão entender nem 1/3 do que lá vem escrito;
3)porque recorrerão ao filme
Clara, porque crê que não vão entender nem um terço do que lá está. Já agora, exactamente que terço acredita que vão perceber?
EliminarO livro não é de difícil leitura. É grande mas lê-se bem e o que interessa é pôr a malta nova a ler e já agora uns ditados e cópias também não faria mal nenhum, assim como rever a gramática.
EliminarÉ que se calhar só estão a ler porque alguém pseudo-famoso as convidou a tal, e isto de pertencer à manada fá-las sentir importantes. Ainda assim é bom que leiam, quem sabe, até ficam com vontade de ler outras obras do autor ou dos seus compatriotas.
ResponderEliminarCarmo
Ler livros ( daqueles só com letras) ... ou se gosta, ou não há pachorra. Acho que há boa vontade e pode vir a ser como o comer e o coçar...
ResponderEliminarSe querem um livro difícil peguem no ULISSES. Ou nos VERSÍCULOS SATÂNICOS. A Anna Karenina é coisa de miúdos... Agora o Guerra e Paz talvez...
ResponderEliminarnem mais ;)
EliminarQue maldosos.
ResponderEliminarSe não lêem é porque não lêem, se lêem é porque lêem.
Ai ai...
E não há problema nenhum, antes pelo contrário. Uma das coisas que aprendi é que os autores/livros que nos assustam, são geralmente muito mais acessíveis do que geralmente pensamos. O Ana Catarina é um livro grande, mas nem por isso inacessível, e se puser o pessoal a ler, porque não?
ResponderEliminar(e nao li (ainda), confesso)
(sei a história, e não me desperta especial prioridade e ler)
Ana Catarina? Oi? Foi de propósito ou não sabe mesmo que o nome do livro é "Anna Karenina"?
EliminarImplicância com as miúdas pah! Meh... Eu ando a ler "Cordeiro - O Evangelho Segundo Biff o melhor amigo de infância de Jesua" porque me custou 3.50€ na fnac... Às tantas nunca vou ser intelectual. Mas antes deste li "A insustentável leveza do ser", já sou inteligente agora? Ainda mais porque ninguém me mandou ler! Sim?
ResponderEliminarIsto já está noutro lado, mas calha aqui bem, ou pelo menos não destoa por aí além.
ResponderEliminarFunciona assim no que à blogosfera, (fanática pela leitura) diz respeito.
Em 100, a título exemplificativo, mais alma menos alma, metade ouviram pela primeira vez falar em “Anna Karenina.” Sobram cinquenta.
Desses, metade têm tanta vontade do o ler como eu tenho de ser empurrado para a linha do Metro. Sobram vinte e cinco.
Metade dizem que vão ler, mas vão tanto lê-lo como eu hei-de ir a Marte. Restam seis, e mais uma alminha errante.
Três vão ler sete páginas numa semana, um, oito num mês; e sobram dois que o vão ler efectivamente... ou já leram.
Um sou eu, o outro pode ser o caro senhor.
Todos os que foram sobrando aquando da separação das águas e os que foram nadando e afogando-se, formam o conjunto, uno e indivisível das 100 omnisciências do imensurável condomínio que, numa de muito bom-tom, juram a pés juntos que morrer sem ter lido “Anna Karenina” é ter passado pela vida vegetando.
"Todas as famílias felizes são iguais. As infelizes o são cada uma à sua maneira".
ResponderEliminarPegando no inicio da obra, talvez se possa ali ver alguma paridade com esta discussão de quem lê ou não lê, de quem entende ou não entende o livro. Talvez...
Não arranjavam nada mais chato para ler?
ResponderEliminarNenhum, claro.
ResponderEliminarVejam o lado positivo, há três meses era "A sombras de Grey".
ResponderEliminarLeiam a Bíblia! E benzam-se...
ResponderEliminarcreio que tens aqui a resposta à questão do teu post anterior ;)
ResponderEliminarahahahah
eh eh :) mesmo assim conseguiram escolher um livro de "gaja", o Ana Kanina.
ResponderEliminarMas leram mesmo ou foram ver o filme, viram-se aflitas (porque aquilo na fase inicial é um bocado confuso) e agora escrevem nos blogues que leram, "por que sei lá, é mais chique, tá a ver?"
ResponderEliminarBah!
Tolstoi não tem nada de complicado. Lê-de a biblia, e aí sim, ficam pasmadinhos com tantos embróglios! muahahahahahaha
Pelos meus 16 anos LI-O em inglês, e português, era um clássico que nos "marcava" Óh gosh estou mesmo velha...
ResponderEliminarSe é para ler, qualquer razão é válida :)
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