O que diferencia este Bond, o que deixa o género feminino em hiperventilação é que este Bond tem sentimentos, duvida das suas capacidades, enfim, é falível. E parece que isso é arrebatador, um homem assumir das suas fragilidades e o convívio fácil com a sua falibilidade é coisa boa, torna-o um de nós, humano e sensível.
Ora dá-se o caso dea mim me parecer que este convívio fácil com a normalidade, a consciência que afinal falhamos, todos falham, é uma belíssima desculpa para não nos superarmos, é o assumir que não podemos ser mais que os outros, que é normal não fazermos o que fazíamos, se antes falhávamos por falta de experiência, agora falhamos porque afinal não caminhamos para novos.
Um Bond tem que ser mais que os outros, tem que sobreviver à explosão de dez petroleiros, megulhar no fundo do mar e, regressado à tona, deve preocupar-se apenas em ajeitar o nó da gravata, não tem que pensar que desta vez quase lá ficava, que pode acontecer a qualquer um. A um Bond assim, sensível e pouco crente nas suas capacidades, acaba por lhe tremer a mão na hora de carregar no gatilho e a um homem a quem tremem as mãos na hora de decidir não deve merecer os nossos favores.
Que mundo é este onde os Bond tremem e se interrogam sobre se estão ou não a fazer a coisa certa, que mensagem podemos deixar às gerações seguintes quando Bond precisa de partilhar as suas origens e a fragilidade da sua condição de órfão (caramba, quando Bond se assemelha a Harry Potter alguma coisa não está certa) para justificar os seus medos?
Na mouche.
ResponderEliminarÉme Ponto
Tenho a solução:
ResponderEliminarTio Pipoco a Bond!
(fica a proposta)
Não entendo por que não têm os blogues o botãozinho do Like... Fica o Gosto, um pouco tímido e idiota, perdido na caixa de comentários.
ResponderEliminarFicaste mesmo desiludido com o filme... :|
ResponderEliminarO aproximar inevitável da mortalidade afecta todos, mesmos os cínicos playboys double 00 ao serviço de Sua Magestade. Make them shaken but also stirrred....
ResponderEliminarNão posso opinar. O Bond não é o meu género. Nem este nem o outro!
ResponderEliminar" a mim me parecer"?! Pode parecer-lhe a terceiros? "a consciência que"?! "tem que" em vez de tem de?! Parece-me que tem de dar mais atenção ao que publica. Tem consciência de que é importante não cometer estas falhas?
ResponderEliminarMarta
Ainda não vi o filme. Mas grandíssimo artigo. O Bond tem de ser como o Rambo: podem estar a combater sozinhos contra 24 exércitos e saírem ilesos.
ResponderEliminarPelo que vejo és muito experiente em filmes do Bond!!!
ResponderEliminarDonde virá a tua sabedoria??? Já paraste um pouco para pensar?
Já indagaste se conseguirás manter-te fiel aos teus compromissos com a saga?
Sim... porque é completamente diferente actuar do que estar confortavelmente sentado a olhar para o desenrolar da acção.
Já eu apenas suspirei com paisagens. Ai Daniel! Ai Javier! Ai Ralph! Mas pronto, eu sou uma básica...
ResponderEliminarsc
Ainda não fui ver. O tipo parece-me um trolha....
ResponderEliminarSKYFALL, o primeiro filme de James Bond que eu gostei. É certo que não vi todos. Nem 1/3 deles. Gostei do Sean C., mas não efectivamente do Bond. Com este, mais humanizado, igualmente com fatos de bom corte, simpatizei.
ResponderEliminarPode ser o 007, Bond, James Bond, mas não deixa de ser um agente secreto e esses nem sempre andam de fato de bom corte e fazem muitas 'maldades'. Sendo Bond, tem sempre mais hipóteses de sobrevivência, nunca morre já se vê, e continua impecável.
Eu cá gostei, acho que é dos meus favoritos do Bond.
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