02 outubro 2010

Se eu fosse mulher...

...que não sou, mas, não sendo, sou capaz de pensar como uma, e aqui noto o esgar do respeitável público, afrontado, caramba, o tipo diz que, em querendo, pensa como uma mulher e eu, em verdade vos digo que não há melhor coisa para isso da vantagem competitiva que saber pensar como o outro, se alguma coisa vos posso legar é que não há como pensar como o outro, como o que tem menos, o que tem mais, o que é preto, o que que manda, o que é mandado, ao princípio dá trabalho, capacitamo-nos que não somos o centro do mundo, nunca somos, depois a coisa interioriza-se e damos por nós a saber plasmar o pensamento do outro e isso inclui pensar como uma mulher, dito isto, dizia eu que se eu fosse uma mulher achava muito mais piada ao Zé Luís Peixoto que ao João Tordo, nem é por coisas extravagantes, é que o tal Zé Luís tem um ar mais apresentável, mais de quem teve que vergar a mola e, não tendo isto que digo a seguir uma relevância por aí além, é certo que escreve melhores livros e tudo, pronto, agora já posso ir dormir, já disse o que queria dizer.

5 comentários:

  1. Se for uma gótica, sim. De outro modo...

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  2. Se o pipoco fosse mulher era capaz de achar piada aos dois. As mulheres também têm essa capacidade. Ou então era capaz de não achar piada a nenhum deles.
    (Mas agora decidiu meter-se com as fãs do Tordo?)

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  3. Não queria nenhum deles! Porra... Deus me livre! Até me assustava!

    Foda-se mau gosto oh pipoco!

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  4. O pipoco sabe lá o que é um namorado escritor! Isso é coisa que não se deseja a ninguém! Nunca sabem conduzir em condições, não mudam uma lâmpada, têm crises existenciais...E aqueles jantares de intelectuais? de fugir...

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  5. Pois eu que sou mulher, digo-te que nem um, nem outro. Sujeitinhos mais sem graça.
    Quanto à escrita, não me posso pronunciar, pois nunca li nenhum deles.

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