10 junho 2010

Boletim do Pipoco #16

Houve um tempo em que a viagem para o Porto se media pela Carmen, de Bizet, ou pela Tosca, de Puccini, se passasse a saída de Aveiro Sul e Scarpia ainda não tivesse sido apunhalado por Tosca ou se ainda não tivesse acontecido o duelo entre Escamillo e Don Jose, teria que acelerar o andamento, era sinal que tinha vindo em rotação baixa.

Agora a viagem para o Porto mede-se pelo local onde se acaba a bateria do telemóvel, precisamente por alturas de Aveiro Sul, mais coisa menos coisa.

Em verdade vos digo, isto não é coisa boa.

10 comentários:

  1. Anónimo10.6.10

    Algo está a ficar velho. Tu, o carro ou a bateria.

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  2. E um cafézito nos Aliados, vai?
    Guarani, ou assim.

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  3. A conversa deve valer muito a pena... para calar a Carmen ou a Tosca...se calhar é bom sinal, ou percebi tudo mal??

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  4. Rachel, nem sempre. Fico-me pelo Lais de Guia, em tendo tempo, e pelo Velasquez, em saindo.

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  5. Eva, não é por aí, os tempos são outros e perdi os meus pequenos luxos.

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  6. Pipoco... quando se conduz... não se fala ao telemóvel... ai ai ai!
    E sim, isto é válido para o kit mãos livres... afinal o que importa é a concentração.

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  7. Anónimo10.6.10

    hmmm... mas se for mais depressa, isso não implica chegar ao fim da viagem ANTES do fim da história?

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  8. Louise, é verdade. Vou passar a ouvir música outra vez.

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  9. É verdade, Treteiro. Às vezes acontecia-me chegar antes do fim da obra e ficar uns minutos parado, à espera que terminasse.

    (não era capaz de ficar sem os últimos minutos, fazia-me sentir que estava a truncar a obra)

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  10. Não desfazendo dos outros, este é O post. Apenas e só porque eu faço exactamente a mesma medição e nunca tinha visto ninguém referir-se ao mesmo. Numa viagem de Lisboa ao Porto, a conversa termina sempre em Aveiro Sul. Então, quando passo em Coimbra, começo logo a sentir cena

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