23 junho 2019

Crónicas do Sul (II)

O dono do bar ofereceu-me camarão e sardinhas fritas, imperiais e aguardente de medronho, só porque eu lhe respondi que não se preocupasse quando ele me veio apresentar desculpas pela demora do serviço.

Fico tão diferente de férias, eu.

2 comentários:

  1. Por aqui, comer sardinhas fora de casa, nesta noite, é algo proibitivo.
    Caríssimas, secas e sem gordura nem aquele brilho de prata.
    Comi-as assadas por mim. Deliciei-me...

    De férias toda a gente fica diferente. :)

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  2. Cláudia Filipa23.6.19

    Chego do meu Sul. Vestido leve e fresco, Rosa Velho, sandálias rasas Camel, nariz e bochechas assim quase, (quase), os ingleses, pele de galinha (está um frio de rachar, aqui, de onde lhe escrevo, Pipoco). Numa fase vergonhosamente preguiçosa para ler (livros), levei Madame Bovary a banhos, sim, ainda não tinha lido este clássico e continua só pouco mais de metade, Madame Bovary, avançou apenas umas míseras páginas em relação ao estado anterior, nem chegou a molhar os tornozelos. O meu Sul passou por vários estados de tempo ao longo do dia, e, às vezes, levantava-se uma ventania gelada que me apanhava desprevenida na praia a desejar uma manta polar. Ninguém me ofereceu camarão, nem sardinhas fritas, limitaram-se a ser simpáticos, a sorrir e a perguntar se estava tudo bem e se precisava de mais alguma coisa, ora bolas para o meu Sul, talvez tenha sido desta situação do nariz e das bochechas. Agora vim aqui, e, notícias do Sul! Pronto, o bom velho mundo, no essencial, continua igual ao que sempre foi.

    Quero mais crónicas! (Fico tão diferente depois de cinco dias de férias, eu.)

    (continuação de boas férias)

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