07 junho 2018

Eu e Madame Pardal (II)

Combinei comigo próprio que não fotografaria o ninho onde espreitam os cinco bicos sempre ansiosos por comida, talvez Pequenos Pardais nasçam já adolescentes, meteu-se-me na ideia que Pequenos Pardais eram capazes de se assustar com o flash, isto apesar de ainda não abrirem os olhos, ainda assim é melhor não arriscar, que isto nunca se sabe das idiossincrasias de Pequenos Pardais.

Descobri um "canto morto" que me permite observar Madame e Monsieur Pardal na sua rotina de ponte aérea de transporte de víveres, sem ser visto, isto apesar de me parecer que Madame Pardal me pressente para além do vidro duplo e da camuflagem.

Cão Grande começa a mostrar-se demasiado interessado na janela do meu quarto, chegando mesmo a abandonar a sua bola de ténis favorita e até o ramo de sobreiro com cortiça roída. Desejo sinceramente que Madame Pardal ensine Pequenos Pardais a voar em condições à primeira tentativa, apostaria que Cão Grande estará atento a voos titubeantes.

12 comentários:

  1. Hummm A palavra de ordem é afastar cão grande da área da janela. Seria triste saber que todo o trabalho do casal pardal tinha ido por água abaixo.

    Boa tarde, Sô Pipoco

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    1. Estou dividido, por um lado Cão Grande não pode ter cerceadas as suas liberdades fundamentais, por outro lado começo a ficar envolvido com os destinos de Pequenos Pardais.

      Vamos deixar a Mãe Natureza decidir...

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  2. O pardal é uma ave que está habituada a conviver com os humanos, pelo que não carece, Dom Pipoco, de ter cuidados especiais com a sua aproximação ao ninho, logo que não escancare a janela, claro.
    Veja se consegue, pelo menos, uma fotografia.
    Já que me foi vedado o acesso ao baptismo...

    PS- Por estes dias, o melhor seria guardar o cão grande. O seguro - dos pardais - morreu de velho. :)

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    1. ladykina7.6.18

      Sobre isso da baptismo, primeiro será necessário a bicheza ganhar mais um bocadinho de corpo, pois só então se saberá dos géneros de cada um. Caso contrário ainda poderia dar-se o caso de chamarmos António a uma passarinha, coisa que, efectivamente, não me parece bem.

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  3. Anónimo7.6.18

    Mas qual flash?!
    DSLR com tele-objectiva estabilizada.
    Raios, voltamos ao drama dos retratos...

    A solução aparente consiste em manter Estômago de Cão Grande sempre ocupado com não-passarinhos.

    Ah, tal como na nossa vida, ou levantamos voo à primeira ou enfrentamos as mandíbulas de cães grandes.

    Poças, fico mesmo (mesmo!) deprimido com algo tão alegre como passarinhos recém nascidos...
    Suspeito de manobras ocultas, mourinho-mind-games, jedi-mind-tricks, point-blank-bruno-carvalho.

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  4. Anónimo7.6.18

    tio, o ideal é mudar para o quarto de hospedes durante uns tempos.
    vw

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  5. ladykina7.6.18

    "POR FAVOR NÃO MATEM OS PASSARINHOS"

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    1. Anónimo8.6.18

      Lady K.!

      Com tal projecto de lei levado à AR haveríamos de ouvir o excelso Dr. Negrão, que adorava ou sentia compulsão de falar com jornalistas pelo telefone antes do advento das redes sociais, afirmar, com toda a autoridade moral que lhe não assiste, tratar-se de assunto para o qual a sociedade não está preparada, além de, o assunto, só constar no programa eleitoral do pan, logo a seguir ao direito dos gatos se lambuzarem com uma boa meia de leite num qualquer café de Belém.

      Portanto, 1-0 para o Bruno de C..., digo, para Cão Grande.

      E longe de mim desejar O Mal a tão adoráveis pardalitos. Afinal, voar é viver, ou, como tão regularmente se afirma nos seminários motivacionais de PNL, reiki e sushi: o predador corre pelo seu jantar e a presa pela sua vida.


      ...
      Ocorre-me, a estas horas da madrugada: estará ao abrigo da lei o Pipoco ter tantos bichos vivos em casa?


      P.s. Como é que se pede uma meia de leite aí no centro do Império? Uma bica com leite? Posso pedir isso sem ser acusado de assédio? F..., há dúvidas do diacho.

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  6. Oh, aposto que o cão é tão pequeno que não chega ao ninho!

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    1. ladykina10.6.18

      Cuca, esse é precisamente um dos Problemas dos Homens, acreditarem que o tamanho não importa.

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