26 junho 2013

Pipoco escreve como Brad Pitt

A minha amiga de decote generoso e medidas perfeitas adoeceu. Estava constantemente nervosa porque não encontrava Barca Velha do meu ano de nascimento, enganou-se a comprar os meus charutos favoritos, colocou gelo no meu Old Bushmills e adoçou-me o café. Perdeu cerca de 13 quilos, infelizmente nos sítios errados, e pesava pouco mais de 40 quilos aos 35 anos. Não é que tenha ficado demasiado magra, nenhuma mulher fica demasiado magra, mas chorava constantemente. Continuava a ser uma mulher feliz, afinal eu estava ali,  mas tinha dores de cabeça constantes, o que, parecendo que não, pode ser uma grande maçada. Não dormia bem, lá está, eu estava ali, adormecíamos somente de madrugada, ela muito cansada, eu nem por isso. A nossa relação estava à beira da ruptura. A sua beleza começava a abandoná-la. Tinha papos debaixo dos olhos, andava sempre desgrenhada e parou completamente de cuidar de si. Recusava trabalhar no cinema e rejeitou vários papéis. Perdi a esperança e pensava em breveteria que lhe dizer que as coisas são como são …

Foi então que decidi que era tempo que ela voltasse às antigas medidas. Afinal, eu tenho a amiga de decote generoso e medidas perfeitas mais bonita do mundo. Ela é a mulher ideal para os homens e mulheres do planeta e eu era o único a ter o privilégio de lhe dizer ao ouvido que não há coisa melhor que a quinta de Mahler. Comecei a mimá-la com viagens a Paris, esqui na Argentina e muitos elogios.

Surpreendia-a e tentava agradá-la em todos os momentos. Comecei a viver apenas para ela, a satisfazer todos as pequenas excentricidades, a satisfazer todas as pequenas exigências, o vestido Thierry Mugler, os sapatos Loubotain, o fim de semana em Veneza, o Aston Martin para os dias de calor. Só falava em público a seu respeito e relacionava todos os assuntos com ela, como seria a suite do Ritz sem ela, como seria o Vila Joya sem a sua presença. Elogiei-a a sós e em frente a todos os membros lá do Clube de Golfe, de que me fiz sócio para lhe agradar.

Podem não acreditar, mas ela começou a desabrochar. Tornou-se ainda melhor do que era antes, se é que percebem o que eu quero dizer. Ganhou peso, cortesia do Chef Adrià, deixou de andar nervosa e ama-me ainda mais do que antes. Eu nem sabia que ela podia amar tão intensamente. E então percebi: ‘Estou falido”.

(talvez apeteça ao Ruben Patrick passar por cá e dizer o que pensa desta interessante temática)

11 comentários:

  1. algo me diz que este texto faz mais sentido que o original*

    *oh well, o "suposto" original.

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  2. Thierry Mugler + Loubotain = bimbalhona do pior. Não será antes a amiga do Ruben Patrick?

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  3. Altruísta ou egoísta, Senhor?

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  4. Anónimo26.6.13

    Loubotin é a marca de sapatos caros mais pindérica que há. Ninguém com categoria usa isso das solas encarnadas.

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  5. Senhora Dona26.6.13

    Oh, chateou-se com o comentário que fiz? Esperava de si mais sentido de humor. Bah.

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  6. Louboutin, por favor. Acertem lá com o nome do senhor... :)

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  7. Anónimo27.6.13

    Laboutin é contrafacção, não é? Gargalhada.

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  8. Anónimo28.6.13

    Agora fiquei exaurida!! Pensava eu que isto era um blogue de classe e afinal tanta discussao pindérica para acertar no nome do "criador de sapatos" ahahah

    C.A.

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