12 outubro 2010
Sou eu quem te diz, Ruben Patrick...
Se não a desejares com todas as tuas forças, se o cheiro dela não teimar em permanecer no teu cérebro, se não deres por ti perdido no caminho porque estavas a pensar nela e nem reparaste que a saída da autoestrada era lá atrás, se não te imaginares a tocá-la ao mesmo tempo que tentas negociar o melhor spread com os tipos do banco, se não se te afigurar que não há outra igual no mundo, se não te questionares sobre o que andavas cá a fazer antes de ela existir, se não te sentires insignificante quando ela fala, se não te deslumbrares, se não te parecer sublime a forma como ela se move, se não te perturbares porque o telemóvel está silencioso e já passaram dez segundos desde que lhe mandaste a mensagem, se não te afogueares só porque ela sorriu para o empregado do restaurante quando encomendou o jantar, então, meu caro, é porque não estás apaixonado coisa nenhuma.
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Com excepção de um ou outro pormenor que na minha opinião estão mais ligados à insegurança do que à paixão parece-me que o Ruben Patrick vai bem aconselhado no que toca ao tema.
ResponderEliminarMas o que é a paixão senão a ainda-insegurança da conquista? Vai bem aconselhado, sim senhor. Haja inquietação.
ResponderEliminarsenti ciumes.... será possivel... devo estar muito cansada...
ResponderEliminarAinda bem. Dizerem a um gajo que não está apaixonado é como um médico dizer a um paciente que ele não tem um vírus perigoso. São boas notícias.
ResponderEliminarFinalmente, um homem consegue admitir e dizer aquilo que fui aprendendo que é "a" verdade!
ResponderEliminarSó senti falta das borboletas no estômago. Os outros sintomas estão lá. Grande Ruben!
ResponderEliminarisso não é uma visão assim um bocado fox life da coisa.
ResponderEliminarVerdade, verdadinha.
ResponderEliminarContudo, pode desvanecer da mesma forma e velocidade com que apareceu.
Vai.. Vai... O Ruben Patrick Vai... E o Capitão Microondas também...
ResponderEliminarOh oh... lindo.
ResponderEliminarE então Eu estou mais do que apaixonada pelo Salvador, que ainda ontem estava a pensar nele, e quando será que o vou ter nos meus braços, de como será, e em vez de virar, segui em frente, e quando me apercebi, sorri... Isto da paixão e do amor, tem muito que se lhe diga!
ResponderEliminarE agora Pipoco? Satisfeita ou inquieta?
ResponderEliminarposso estar descansada...
ResponderEliminarBonito. Arrepiei-me. Vai para os favoritos.
ResponderEliminarParece-me acertado!
ResponderEliminarFaltou informar o Ruben Patrick das vezes em que se procura recriar esse estado glorioso da paixão e do vazio que se sente quando já não se consegue.
ResponderEliminarMas de resto está, como sempre, irrepreensível.
Pois... já estou com a Pipoca. Não sei se fique inquieta, descansada, satisfeita...ou se caminhe para a fase de "sim, sim... isso é tudo muito bonito, mas de repente tudo muda". Ou será que não muda e faz parte da inquietação fazer longas metragens? Olhe Pipoco, deixou-me aqui numa grande confusão... é o que é! Acha bem?
ResponderEliminarAs meninas ficam inquietas e ate receosas (sobretudo se não for a primeira vez). Os meninos ficam inconscientes mas sem receios ou cautela. E essa a principal diferença num sentimento felizmente semelhante.
ResponderEliminarTão fofo.
ResponderEliminarIsso não é paixão, é obsessão...
ResponderEliminarIsto foi serviço público. Mas se o Ruben não sabe isto então deve ser ainda uma criança ou ter tido uma vida muito triste... ;)
ResponderEliminarO que é a paixão senão a obsessão? Estranho é se não estiveres um pouco obcecado.
ResponderEliminarA Eva não deixa de ter razão. É por isso que a paixão, ao contrário do amor, não deixa de ser um sentimento egoísta, embora fantástico. Durante a paixão continua a ser o "eu" a reinar: eu preciso dele/a, será que ele/a gosta, mas o onde é que ele/a anda, etc. Ao chegar o amor o "eu" equilibra-se com o "ele/a", daí o amor ser a coisa verdadeiramente "jeitosa" (no sentido de milagrosa) no género humano. A paixão é gira, é poética, mas é menor. Ainda assim é um caminho fundamental a trilhar, caso queiramos chegar ao amor. Normalmente este último nunca aparece, sobretudo nos dias que correm, em que nem sequer lhe damos tempo para aparecer.
ResponderEliminarUau... :)
ResponderEliminarEna! Gostei! Muito bem dito Pipoco :)
ResponderEliminarCapitão. sobre o amor: "nos dias que correm, em que nem sequer lhe damos tempo para aparecer." só posso dizer, em cheio! infelizmente...
Medo! Muito Medo!
ResponderEliminarPergunto: mas tanto reboliço emocional não será uma grande canseira? Se alguém tiver que viver assim, todos os dias e durante muitos anos, é capaz de se enfadar rapidinho, não?
ResponderEliminarE depois? O que é que se faz quando tudo isso acaba?
ResponderEliminarBeijo*
Muito mais elucidada depois de ler o comentário do Capitão. Que saber... Que experiência de vida... Que maravilha... Muito obrigada pelos sábios ensinamentos. Do fundo do meu imenso coração, muito capaz de se apaixonar mas incapaz de amar (nem é por nada, é só por falta de tempo). A sério, obrigada!
ResponderEliminarIsso é só paixão, pode passar se de repente a ouvir tossir constipada ou quando se aperceber que lhe incham os olhos com as alergias ou que pela manhã o hálito e a voz são péssimos. Para estas coisas só com amor continua a ter o mesmo frenesi que com a paixão.
ResponderEliminareu acho que o Ruben Patrick a esta hora já se afogou! e não sei se isso será mau.
ResponderEliminarIsso é que é estar apaixonado?
ResponderEliminarOra deixa-me apontar aqui num post-it...
Adorei simplesmente este post. A tua maneira de escrever cativa-me e não consigo explicar muito bem o porquê. Mas escreves muito bem. Parabéns! E obrigada por posts tão bons. :)
ResponderEliminarVai muito bem aconselhado, o Ruben Patrick...