16 julho 2021

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Se eu me posicionar na relva fresca com o corpo deitado numa hipotenusa entre as linhas imaginárias da figueira ao sobreiro e da figueira à macieira, às onze da noite terei a ursa maior exactamente por cima de mim, se me apetecer encontrar o norte, que não apetece,  é contar seis distâncias das guardas e lá está, onde sempre esteve, a estrela polar, o som de fundo é dessas noites de estio sem nortada, cortado por uma ou outra coruja, cheira a uma mistura de resina e lavanda, à distância da minha mão direita tenho um copo de Jameson, ao alcance da mão esquerda a cabeça do meu cão grande, se isto não é o momento perfeito, então não sei nada de momentos perfeitos. 

5 comentários:

  1. Um momento perfeito, antecipado a régua e esquadro, onde até o pobre do cão tem lugar e distância pré-definidos. Não me parece ser tão perfeito assim.

    :)

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  2. De todas essas delícias, saboreadas por antecipação, o que mais gostei foi do pio da coruja e do cheiro a resina e lavanda. O cão grande também dá jeito para fazer de almofada...

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  3. Cláudia Filipa16.7.21

    Este, faz parte da colecção posts bonitos.

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  4. Anónimo18.7.21

    Que lindo. Amei!
    Vw

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  5. Anónimo19.7.21

    E todos os momentos que passamos com os nossos cães não são perfeitos, Pipoco?

    Mesmo sem Jameson. Essa companhia parece-me mais apropriada para as noites de Inverno. A relva fresca pede algo mais fresco.

    Gostei muito deste post.

    Um abraço do Algarve e umas festinhas no cão grande ( pode saber-se o nome dele?)!

    Sandra Martins

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