Quando se escolhe não chegar depressa e se usa a velha estrada para o Sul, a que atravessa a serra, bem entendido, a cada vez o caminho é único, por mais vezes que se faça a estrada velha ela nunca é igual à última vez, quer se faça de prego a fundo e com a electrónica desligada para que nunca nos esqueçamos de como se conduz, ou devagar, com uma sonata para piano a marcar o compasso e com os vidros abertos a deixar entrar os ares secos que fazem apetecer uma cerveja fria à chegada, as estradas que se fazem devagar são como aquelas ocasiões em que mulheres raras encostam a cabeça no nosso peito e é só aquilo, sem agitações nem promessas que ninguém vai cumprir, apenas uma mulher com os olhos fechados no nosso peito, sem defesas nem truques.
Com filtro: (o Sul, foi/tem sido/está a ser deveras inspirador...)
ResponderEliminarSem filtro nenhum (assim mesmo o que pensei logo e me apetece deixar para conhecimento da administração (enfim, o tipo de comentário que pode acabar com o bom nome de uma pessoa)): Mas que lindos estão a ficar os posts do Sul, Pipoco!
Comparar uma mulher em estado de total abandono encostada a um peito másculo e protector, com uma estrada em que se conduz devagarinho, é algo tão romântico e ternurento que me fez sair do mutismo a que me conduziram os últimos posts. Assim, sim... vale a pena vir comentar aqui.
ResponderEliminarO Sul derrete até os corações mais empedernidos... :-)
foi esse o momento?
ResponderEliminarTio, nao deve dar jeito nenhum conduzir com alguém encostado ao peito, pois nao?
ResponderEliminarVw
"apenas uma mulher com os olhos fechados no nosso peito, sem defesas nem truques."?
ResponderEliminar"Não afirmo nada. O coração feminino foi sempre um enigma." (Os Demónios, Dostoiévski)
"Mulheres raras"? Porquê raras?
ResponderEliminarQuanta inspiração! Já estou a ver que o "meu" Sul lhe fez muito bem, como se quer.
Um abraço do Algarve,
Sandra Martins