Um dia, há demasiados anos, perguntaram-me por que nunca me despedia com lágrimas ou, pelo menos, com a voz entrecortada e as palavras a saírem a custo e eu fiquei de pensar nisso, disse-o com aquela convicção com que se diz a alguém que não estimamos por aí além que um dia destes havemos de ir jantar, afinal descobri que me despeço sem lágrimas nem voz entrecortada porque sei que havemos de nos encontrar lá à frente, num acaso cuidadosamente preparado.
Pipoco! Bons olhos o leiam!
ResponderEliminar(para além do essencial do post, tem tanta razão quanto à relevância do "acaso", ou pelo menos a ilusão do mesmo. Não fosse "o acaso" e, para certas situações verdadeiramente importantes, tanta gente se veria tão mais aflita para conseguir pôr um pé à frente do outro e moderar a tremedura dos joelhos)