Digo-lhe, pela ideia que tenho de si, não esperava outra coisa. Entendo e estou totalmente solidária com o desespero, nestes casos todo o desespero com a espera é totalmente legítimo, de todos os que estão a levar uma verdadeiramente grave machadada na vida por causa disto, os que perderam pessoas que amavam e os que perderam as fontes de rendimento e se encontram numa situação que estavam longe de imaginar o ano passado, por exemplo, como passar fome. Isso sim, é horrível. Como não é o meu caso, felizmente, acho que é até uma obrigação cívica, saber esperar. Até porque esta é uma situação completamente nova, uma situação em que temos de aprender todos ao mesmo tempo, entre avanços e recuos, tentativa e erro, e todas as dúvidas de como melhor fazer são naturais, é sempre assim, não acontece é com todos os holofotes em cima e numa corrida tão grande contra o tempo por contagiar uma enorme quantidade de gente e ao mesmo tempo. Agarrei-me, desde o início, à percentagem de lógica que isto poderia ter e, como em Março/Abril até já estava prevista esta vaga com consequências mais gravosas, preparei-me psicologicamente para um determinado período de tempo até irmos ficando livres disto, mesmo sem vacinas. Tenho um mês na minha cabeça como o do inicio da nossa libertação, se não falecer entretanto, cá estarei para ver se se confirma.
Ah! E, já agora, falando em sectores com pessoas que vivem deles em sérias dificuldades e em formas de ajudar sem nos armarmos em parvos pondo pessoas em risco, é amanhã, Pipoco! Mal posso esperar, confesso, aliás, estou com tanta vontade de ir que ainda acontece alguma coisa a inviabilizar, é amanhã que irei ver "A Ratoeira"!
Só significa que aquela frase que está logo ali no cabeçalho, logo ali na primeira forma como, ok, neste caso o Pipoco, se apresenta, não é enganadora.
Quis vir contar-lhe. Isto posso. Sim, gostei da "Ratoeira", e, para além de gostar, estive o tempo todo emocionada. Já sou de emocionar-me particularmente com o lado bom, mais bonito, da vida, agora, estou que não me aguento. A "normalidade" (a legítima, a autêntica, a verdadeira, sem essa coisa de "nova") a lutar para sobreviver, para sobrepor-se como pode, anda a comover-me especialmente. Por isso, sabe, quando bati palmas no fim, com força, como se não houvesse amanhã, estava a bater palmas ao que tinha acabado de acontecer, mas também ao que o que tinha acabado de acontecer representa, e, quando o Ruy de Carvalho se aproximou um pouco mais de nós, tive de fazer um esforço enorme para que a água que estava ali a reter com força nos olhos, como uma pessoa adulta, não desatasse a sair descontroladamente. Pronto, agora estou aqui também toda emocionada a escrever isto, ai, até já.
Sempre me foi penoso esperar, quer pelo bom e pelo mau. Pelo bom, porque ansiava tê-lo, pelo mau, porque queria livrar-me dele rapidamente. Neste momento, acho que continua a ser assim...
Por Godot?
ResponderEliminarBoa tarde.
🎭
A esperar por tudo, Maria. Que os bons filmes estreiem, que os meus amigos se voltem a juntar à mesa, que possa dar um abraço ao meu pai.
EliminarCaro Pipoco, que a sua última frase se possa cumprir, são os meus sinceros votos.
EliminarBom Solstício e Festas Felizes.
☃️🎄
Digo-lhe, pela ideia que tenho de si, não esperava outra coisa.
ResponderEliminarEntendo e estou totalmente solidária com o desespero, nestes casos todo o desespero com a espera é totalmente legítimo, de todos os que estão a levar uma verdadeiramente grave machadada na vida por causa disto, os que perderam pessoas que amavam e os que perderam as fontes de rendimento e se encontram numa situação que estavam longe de imaginar o ano passado, por exemplo, como passar fome. Isso sim, é horrível.
Como não é o meu caso, felizmente, acho que é até uma obrigação cívica, saber esperar. Até porque esta é uma situação completamente nova, uma situação em que temos de aprender todos ao mesmo tempo, entre avanços e recuos, tentativa e erro, e todas as dúvidas de como melhor fazer são naturais, é sempre assim, não acontece é com todos os holofotes em cima e numa corrida tão grande contra o tempo por contagiar uma enorme quantidade de gente e ao mesmo tempo. Agarrei-me, desde o início, à percentagem de lógica que isto poderia ter e, como em Março/Abril até já estava prevista esta vaga com consequências mais gravosas, preparei-me psicologicamente para um determinado período de tempo até irmos ficando livres disto, mesmo sem vacinas. Tenho um mês na minha cabeça como o do inicio da nossa libertação, se não falecer entretanto, cá estarei para ver se se confirma.
Ah! E, já agora, falando em sectores com pessoas que vivem deles em sérias dificuldades e em formas de ajudar sem nos armarmos em parvos pondo pessoas em risco, é amanhã, Pipoco! Mal posso esperar, confesso, aliás, estou com tanta vontade de ir que ainda acontece alguma coisa a inviabilizar, é amanhã que irei ver "A Ratoeira"!
E um bom resto de dia
Esperar nunca foi o meu forte, Cláudia Filipa. Aprendi nos últimos meses e não está a ser terrível.
Eliminar( vai gostar da”Ratoeira”. Já sabe que vai ter que guardar segredo?)
Só significa que aquela frase que está logo ali no cabeçalho, logo ali na primeira forma como, ok, neste caso o Pipoco, se apresenta, não é enganadora.
Eliminar(sim. Já sei. E guardarei.)
Quis vir contar-lhe. Isto posso. Sim, gostei da "Ratoeira", e, para além de gostar, estive o tempo todo emocionada. Já sou de emocionar-me particularmente com o lado bom, mais bonito, da vida, agora, estou que não me aguento.
EliminarA "normalidade" (a legítima, a autêntica, a verdadeira, sem essa coisa de "nova") a lutar para sobreviver, para sobrepor-se como pode, anda a comover-me especialmente. Por isso, sabe, quando bati palmas no fim, com força, como se não houvesse amanhã, estava a bater palmas ao que tinha acabado de acontecer, mas também ao que o que tinha acabado de acontecer representa, e, quando o Ruy de Carvalho se aproximou um pouco mais de nós, tive de fazer um esforço enorme para que a água que estava ali a reter com força nos olhos, como uma pessoa adulta, não desatasse a sair descontroladamente. Pronto, agora estou aqui também toda emocionada a escrever isto, ai, até já.
Isto, da pandemia, alguma virtude haveria de trazer às pessoas...
ResponderEliminarVamos lá ver se já posso usar a minha conta.
Boa noite, Dom Pipoco.
Quem espera desespera
ResponderEliminarVw
Olá VW
EliminarMas depois também dizem que sempre alcança! (pois, não será contraditório, dependerá dos casos...)
E eu a pensar que já tinha aprendido com o Sporting
ResponderEliminarSempre me foi penoso esperar, quer pelo bom e pelo mau. Pelo bom, porque ansiava tê-lo, pelo mau, porque queria livrar-me dele rapidamente.
ResponderEliminarNeste momento, acho que continua a ser assim...
Boa noite, Pipoco (e saúde).