Talvez seja dos meus olhos, mas os livros andam cada vez
mais iguais, os casais que acabam por ficar juntos são os que guerreiam no
princípio, a meio do filme morre o melhor amigo de alguém, no fim fica sempre
aquele travozinho a azedo de aquilo que levamos para casa para pensar ter a
profundidade das mensagens do Chagas Freitas lá do sítio, fazem-me falta livros
onde os pais levem os filhos a conhecer o gelo à tarde ou onde as famílias
sejam infelizes cada uma à sua maneira.
Agora que Hilary Mantel está quase, quase, a lançar «The Mirror and the Light» (sai este mês) é boa altura para quem quiser abalançar-se a ler a trilogia, começando com «Wolf Hall». (O gelo bom jeito daria a Thomas Cromwell, após os pontapés que leva do pai, logo no primeiro parágrafo...)
ResponderEliminarUma pessoa abre a caixa para cá vir escrever um comentário todo animado e no melhor que puder e depois depara-se com isto, trava a derrapar, escorrega, bate na parede e fica a esfregar o braço.
EliminarJá não sei o que vinha dizer.
Ocorreu-me que talvez lhe agradasse ler, se é que ainda não leu, "Luanda, Lisboa, Paraíso" da jovem Djaimilia Pereira de Almeida. É um livro que se lê com o coração.
ResponderEliminarBlindsight, Peter Watts, gratuito, ficção especulativa a sério, Use of Weapons, Banks, The Peripheral, Gibson, In Praise of Shadows, Tanizaki, não traduzidos tanto quanto sei.
ResponderEliminarA tradução iterada da Ilíada, sempre fantástica, e Da alvorada à decadência, Jacques Barzun, pelo simples prazer livro-lareira-whisky com um clássico.
Mathematica theory of Communication, Shannon e On Undecidable Proposition of formal mathematical systems (no orig. se possível), Gödel, também clássicos, porque ocasionalmente as pessoas esquecem que cultura científica também é Cultura.
Não dou por falta de livros. Se há algo que me deixa uma desagradável sensação de desconsolo é saber que nem em um par de vidas conseguiria ler uma quinta parte das dezenas de milhar de livros que tenho à disposição agora, a que acresce os artigos que tenho de ler e aqueles que gostaria de ler. Tanto pior para o próximo ano, menos tempo e mais livros, se o tal Senhor assim desejar.
Enfim, o post também não é acerca de livros.
Abraço, caro Pipowski.