05 janeiro 2020

Metáforazinha

Algures, lá para a primeira temporada, e foi aqui que a série me conquistou nesses tempos de antanho, Mrs. Draper acaba um episódio com um cigarro no canto da boca e a disparar uma caçadeira para os pombos do vizinho, a doce e quieta Mrs. Draper, num repente, por coisas lá dela e que lhe tocaram fundo, transfigura-se e torna-se uma mulher diferente, poderosa e capaz de derrubar quem quer que ousasse desafiá-la.

No episódio seguinte já Mrs. Draper tinha voltado ao normal, está claro.

4 comentários:

  1. Anónimo6.1.20

    Normal, nunca se aplicou à Betty, melhor que Mad Men, só Allô Allô.
    Bom ano Tio Pipoco.

    ResponderEliminar
  2. Cláudia Filipa7.1.20

    Nunca vi um episódio do Mad Men, só vi alguns anúncios do canal que transmitia e ouvi, vezes sem conta, todos os melhores elogios. Seria impossível não saber qualquer coisa sobre, toda a gente falava nisso. Curiosamente, a coisa mais gira, mais interessante, mesmo, mesmo bom aquilo, que vi sobre o Mad Men, fora da série uma vez que não vi a série, claro, vi aqui nas suas caixas de comentários quando andei a ler as suas coisas mais antigas, alguém a fazer, para mim, fabulosamente, de Don Draper (então aquela encenação com o cigarro era deliciosa, e os diálogos entre o Don Draper e o Pipoco Mais Salgado? Oh pá, maravilhoso aquilo tudo).

    Agora, tendo em conta que não vi a série, portanto, falta-me contexto, depois de ler a "Metáforazinha" ocorreu-me isto, Pipoco, que quero partilhar consigo, para mim, esse repente da Mrs. Draper, já não augurava nada de bom no que toca à consistência de uma mudança de valor, o meu ponto é que essa atitude só reforça a inconsistência da coisa, repare como é muitíssimo mal direccionada, é direccionada para quem nada tem que ver com as tais coisas que realmente a perturbariam, no caso, os pombos do vizinho, e penso que o cigarro ao canto da boca serve muito bem a encenação do embuste da coisa, aquilo que não vem de dentro e, por isso, precisa de cenário a ajudar, a farsante que não põe ordem no que devia verdadeiramente pôr, por lhe fazer verdadeiramente mal, na sua vida, e depois anda a disparar (metáforazinha, aqui neste disparar, também) para tudo quanto não é o mais difícil, se possível, para terceiros que nada têm que ver, nesse caso, os pombos do vizinho;

    ...Também podia dar-se o caso de, Mrs. Draper, quando aconteceu esse episódio, estar numa determinada semana do mês...E, Pipoco, confie em mim, mesmo uma mulher doce e quieta, mesmo sem razões para andar para aí aos tiros...pelo sim, pelo não, é sempre melhor ficar privada do acesso a armas de fogo ou a qualquer outro objecto que possa funcionar como arma, é que, isso da transfiguração, e, na verdade, um tipo de transfiguração que não é mesmo nada grande coisa, acontece muito, a muitas de nós, nessa semana aziaga das nossas vidas...

    ResponderEliminar
  3. Anónimo8.1.20

    Qual "metáforazinha". É mais uma hipérbolezinha
    vw

    ResponderEliminar
  4. Anónimo13.1.20

    De que trata?
    Não esquecer que aqui o funcionalismo é um pouco para o remisso.

    ResponderEliminar