"O método Kominsky" é provavelmente a melhor série que se fez desde "A balada de Hill Street", séries assim fazem falta a um homem da minha idade, parece que foi ontem que a Princesa Stephanie me sussurrava ao ouvido "Ouragon", directamente de um walkman amarelo, parece que foi ontem que me prestei a saber tudo o que havia para saber de COBOL, com "O Independente" ou o "Blitz" debaixo do braço, dependendo de ser terça ou sexta-feira, e cá estamos no tempo em que me assusto com a possibilidade de eu poder vir a ser um desses homens que bebem whisky com cola, convivem com a problemática da próstata e se esquecem de pagar impostos.
:) Carpe Diem, Dom Pipoco!
ResponderEliminarCarpe diem? Fuck o tal de carpe diem, prefiro o bolasie, sempre corre mais!!!
EliminarO Marega ainda corre mais...quer trocar?
EliminarA série é fabulosa! Aquele humor ácido e a amizade dos dois fez-me ver a série num ápice.
ResponderEliminarPois, todos envelhecemos... que seja com humor, já que é inevitável!
Boa tarde, Pipoco :)
Discutível. Westworld não é negligenciável.
ResponderEliminarBlitz, Independente, Cobol, princesas, tarde de sexta feira não reservada a cinema francês...
Convenço-me de que nunca fui jovem.
(Whisky com cola é o oitavo pecado mortal, traição com passagem reservada para o círculo gelado do inferno. O resto é habitual.)
Antes cola do que Dr Pepper!
ResponderEliminarQuando eu era muito criancinha, e ia no banco traseiro do citadino e económico carro do meu pai, lembro-me de ouvi-lo manifestar o seu grande desejo de ter um potente carro alemão (acho que até olhava com um certo ressentimento para todos os potentes carros que passavam) e a minha mãe a rir e a brincar com ele, a dizer que, um carro, desde que tivesse rodas e andasse, estava muito bem, deixasse isso para os cinquenta anos, a idade certa para ter o seu potente carro. Por isso, aconteceu-me aquele sorriso involuntário de emoção boa, que nos reporta a uma situação familiar, quando, pela primeira vez, li o Pipoco a fazer a mesma brincadeira, com tudo o que está implícito, de relacionar a idade dos homens com o carro a ter.
ResponderEliminarEntão, este ano, lembro-me de, sem usar "quase", lê-lo a dizer que já estava na idade de certos e determinados carros (sou daquelas mulheres a evitar, aquela problemática da memória, lembro-me das coisas mais inacreditáveis), e, agora, "...um homem da minha idade..." e mais uma data de referências. Ora, eu, feita detective, penso que, Pipoco, esteve várias vezes a dizer-nos, sem dizer, que este é o ano dos seus cinquenta anos (se esta minha incursão pelo mundo dos detectives de alto gabarito tiver sido uma desgraça, que o faça sorrir, pelo menos)
Partindo do princípio de que esta minha dedução está certa, e alargando as potencialidades da ficção, vamos imaginar aqueles dois actores, que estão na idade em que estão, a fazer aquela série que deve ser mesmo qualquer coisa de muitíssimo bom, fabulosa, como diz ali a Maria, em personagem, sentados no banco da frente de um carro (vi no trailer), e, Pipoco, lá atrás, e eles, em verdade a dizerem-lhe, que se "um puto" de cinquenta anos já estava com certos e determinados medos, era melhor deixar de desejar a imortalidade a cada ano, sim, que, com o longo percurso que ainda teria para chegar à idade do mais novo deles, estava tramado...
O melhor deste blog são mesmo os posts.
ResponderEliminarDe resto, bocejo. Grande bocejo.
Acertei na mouche, não foi Dom Pipoco?
ResponderEliminarPois...eu já o conheço. ehehehehe
do resto não sei, mas quanto à série, também é uma das minhas favoritas. há uma sinceridade desconcertante nos actores, tal é o ponto de convergência com as personagens.
ResponderEliminaroutra que também me roubou horas de sono (tem uma banda sonora de luxo) foi Peaky Blinders.