Não creias que emagreces como a Alexandra não sei quê, que foi à nutribalance e em dois dias perdeu vinte e sete quilos, isto comendo o que lhe apetecia, não creias nos gurus que te fazem repetir em voz alta que tu tens direito a ser feliz e a ser o chefe e a jantar com a Raquel Vanessa, basta não te sair da ideia que tens direito a tudo isso, não creias que te bastam citações adequadas sobre o que disseram Mark Twain e Saint-Exupery, Ford e o tipo da General Motors, para brilhares em conversa de quebrar gelo, não creias que te basta uma tarde no Louvre e outra no Prado para que dissertes sobre génios da pintura renascentista, não creias que um fim-de-semana em Ibiza e outro em Sierra Nevada fazem de ti um viajante destemido, não creias que dez páginas de Ulisses e outras tantas de J Rentes de Carvalho farão de ti um literato, em verdade te digo, Ruben Patrick, escrever um blog como este dá uma trabalheira do caralho.
...em contrapartida, Ruben Patrick, como já lá dizia o amado Lincoln:
ResponderEliminarA mão que embala o berço, governa o Mundo.
Eu bem venho aqui, com as minhas subtilezas, dizer ao Tio que ele é o maior, mas de que me vale?! Ele entende? Claro que não!
Só quer saber lá dos bólides, cujos nomes nem sei dizer, das viagens ao estrangeiro e de citar Ulisses, que nem lá vai nem faz minga...!
Quisesse o Tio dedicar-se a publicar coisas que derretem o coração das leitoras - como a doçura do borreguinho negro e aquela mão, ai... aquela mão a segurar o biberão... -, e teria o mundo blogueiro a seus pés, sem precisar escrever tanta parvoíce, no blog.
Se acaso o Tio não entender nada disto, Ruben Patrick, peça-lhe para consultar Dom Xilre, esse sim é que sabe viver...
Feliz Natal Para Todos.
E a trabalheira da anatomia masculina que dá comentar este blog, Ruben Patrick? Nunca, mas é que nunca, te metas nisto, rapaz.
ResponderEliminarE quando dá ao autor para, depois de um post de considerável problemática, passar logo para outro, que a comentadora até fica assim sem saber o que fazer à vida?
Mas este tem ali os votos de feliz Natal, e, olha Ruben, a comentadora vai agora deixar passar as temáticas complexas, vai apenas dizer que escutaria, com atenção, um discurso do autor do Pipoco Mais Salgado, e não seria "derivado" do blogo-afecto, mas porque não existiriam dedos em riste, nem irritabilidades logo à partida, existiria um enquadramento, não se colocaria à margem das situações, identificaria a sua própria quota parte de participação, e, só depois destes preliminares de colocar-se no mesmo barco, diria como, na sua óptica, poderíamos remar, sendo que, remar, em todos os aspectos organizativos em que assentava a vida actual, acabava por ser inevitável ou mesmo fundamental, mas como poderíamos remar melhor. Esta ausência de dedo espetado e acusador relativamente a coisas que são realmente importantes, é, para mim, um pormenor que faz toda a diferença, e esse importante pormenor aparece muitas vezes aqui, a brincar a brincar, a parecer que é tudo muito "leve e fresco e displicente", diz muito mais coisas "a sério" do que muitos que pretendem ser sérios.
E pensar que quando descobri este blog, ali nos primeiros tempos, até entrar na atmosfera da coisa, não lhe achei piada nenhuma. É verdade, Ruben, vou contar-te uma coisa que nunca disse ao autor deste blog, sabes como é que o Pipoco Mais Salgado me cativou definitivamente? Então, vinha eu toda muito de rabo alçado, nessa altura não comentava, certa de, mais uma vez, não lhe ir achar graça nenhuma, e estava aqui um post com uma data de comentários e eu a lê-los, e, num desses comentários, uma pessoa, em modo anónimo, perguntava qualquer coisa como, que graça é que tinha vir comentar alguém que nunca respondia, foi então que vi aquele verde inconfundível com que o Senhor do espaço se apresentava e apresenta e li a resposta, espero que, como o que marcou foi o sentido de humor da ideia, não esteja a alterar a frase: "Ora anónima, é como falar com Deus", e foi assim que, cá estamos, quase no fim de dois mil e dezanove e parece que foi ontem, e eu aqui estou a terminar este longo postal de Natal, que vai terminar igual ao seu título: Feliz Natal para si e para a sua família
(um feliz Natal também para ti, Ruben Patrick)
* Emenda de erro de estimação:
Eliminar"quota-parte"
Como, entretanto, li o comentário da Janita, também ficou a apetecer-me, fora do "postal de Natal", que é, publicamente, só para si, desejar um feliz Natal a todos.
E, pronto, saio já.
Trabalheira do caralho é de homem
ResponderEliminarCalma.
ResponderEliminar*Feliz Natal* no início de Dezembro significa férias antecipadas até à passagem de ano.
Acresce, pobre Ruben, que o Pipoco deixou dois conselhos que na minha modesta e casta opinião são complementares, e possivelmente fungíveis:
- Há uma rapariga, Raquel. Atenta que juntando-lhe Vanessa pode sugerir que não é exactamente uma ou que não é necessariamente rapariga. Terás de ser tu a pesquisar. Aprendi a lição com a Ami não sei quantos. Usa um PC descartável e uma máquina virtual. Hoje em dia os anti virus pouca valia têm.
- Há uma última referência a grande actividade gonadal que claramente remete para perigoso onanismo.
- Ora, por experiência própria, e estimando que ficarás abandonado à tua sorte enquanto o Pipoco orbita, sugiro gel com fartura e moderação do entusiasmo enquanto bates no palhaço a ver a Vanessa e a Raquel. Tira alguns minutos para esticar as pernas e repor fluídos.
E é assim. O Pipoco é sempre parco em conselhos mas felizmente por aqui passei, diria que feliz e oportunamente.
A propósito, evita Lupanar. Actualmente nunca se sabe se estamos a ser filmados. Mas isto sou eu que sou tímido e uso uma máscara de esqui, daquelas que os rapazes do SCP e os assaltantes à mão armada usam com toda a probidade.
Abraço, e boas maratonas (nunca esqueças, isso não são os cem metros barreiras).
O caro Onó já parece o Impountual a escrever. Só parece, porque o I não usa essas insinuações sórdidas...
ResponderEliminar[perplexidade inundando os interstícios da minha débil mente]
EliminarConfesso ter sentido necessidade de inteirar-me da acepção de sordidez que poderia relevar nos meus humildes conselhos ao pobre Ruben, que bem necessitado está de um co-orientador.
Nesse desconfortável enleio senti uma outra intensa compulsão: afinal o que significa calão? É lícito pensar assim quando um intelectual como o próprio líder do PCP se interroga a respeito da Coreia setentrional afinal o que é uma democracia?
Li e reli o meu bem-intencionado opúsculo [estou nisto vai para cinco horas e doze minutos] e no entanto continua a escapar-me o carácter sórdido das insinuações.
Há pouco mais de dez minutos senti o hálito do taumaturgo nos intestinos. Ah!, pensei, tão exausto quanto excitado, Sexo! Porra! Ora, nos ditames da classe clerical o Sexo é obviamente sórdido em qualquer das suas manifestações, moral, física, imaginada. Bem, na questão física têm a sua razão.
Reconheço agora o meu erro. Ruben, meu pobre amigo, sempre que pensares na Raquel, na Vanessa ou em Terras de Lupanar, vai dar uma corrida (corrida mesmo!, pernas em movimento rápido) e toma um duche frio. Não uses a banheira. É demasiado lúbrica para as almas mais castas e o Santo Padre ainda não decidiu se os "humanistas seculares" vão para algum lado após o seu falecimento. Afinal Paraíso, Inferno e Purgatório são para crentes bem e mal comportados, não para esse flagelo dos ateus. Vão para lado nenhum e depois que se amanhem sozinhos, bem merecem.
Desculpo-me pela prédica.
Sentia uma incontrolável vontade de desabafar após tantas horas de meditação ao som de prélude à l'après-midi d'un faune. Era isto ou ver um porno asiático, que podia dar mau aspecto aqui no ministério - embora suspeite que no gabinete à esquerda do meu algo estranho se está a passar - não tem mal, amanhã tudo se saberá, e diz-se por aí que a Paciência anda de braço dado com a Virtude, as lascivas...
Abraço, minha cara.
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[senti falta destes debates. S. Cristóvão é bom companheiro de viagem, excelente ouvinte mas parco em conselhos úteis]
Como assim? Então, mas isto não é só escrever contínua e repetidamente o mesmo post?
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