Quando se é o infeliz possuidor de uma mente ortonormada, onde
todos os acontecimentos são arrumados numa referência vectorial, quase sempre
espaço-tempo, dá-se o caso de nos inquietarmos quando não conseguimos relacionar
um determinado acontecimento, aconteceu-me não conseguir alinhar a gargalhada compulsiva
de Joker, com outro espaço e outro tempo em que já tinha visto coisa igual, dei
por mim a quase desistir de me lembrar em que outras circunstâncias vi um riso igual
ao de Joker, quase três semanas depois a resposta chegou-me a meio de um almoço
com pessoas dessas que me fazem descansar o cérebro num ponto de fuga, o Joker
tem um riso igual ao do tipo que cantava músicas italianas no Hotel des Bains,
em Morte em Veneza, de Visconti, e eu posso, enfim, voltar a acreditar que tudo
está no seu lugar.
Lá vou eu escaranfunchar os cantos e recantos do Hotel des Bains, a ver se também eu ouvi essa gargalhada. É que, só depois disso, tudo ficará no seu lugar; graças a Deus, graças a Deus...Já volto, Dom Pipoco. Não se recolha sem eu vir.
ResponderEliminarDom Pipoco, Dom Pipoco… AQUI ?
ResponderEliminarA partir do m. 2.32?
Gargalhadas que escondem dramas?
Não!
Eu quero luz, quero sol,
quero alegria e dias
de bonança.
Muita paz, harmonia e risos
de criança…
Janita, precisamente essa parte. Soubesse eu e tinha-lhe perguntado, em vez de estar neste afrontamento.
EliminarOra Dom Pipoco... não me sobrestime. O senhor é um aristocrata, já pisou o chão alcatifado do luxuoso Hotel des Bains (antes do incêndio) e tudo! Para onde eu vou já o senhor de lá vem... :) Contudo, agradeço-lhe a generosidade da resposta.
EliminarO Tio fica "afrontado" com pouco. Pior que isso é quando encontro alguém na rua, dirige-se a mim em "alta conversa" e no fim quando vai embora, não sei quem é, pois não tive coragem de dizer que não o reconhecia...
ResponderEliminarfico horas a pensar quem seria a criatura, e quando lembro...
vw
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