Tivesse eu que escolher, que não tenho, a magia destas semanas de "leve-leve" é não ter que escolher, e diria que refeição que melhor me soube foi um almoço de polvo e santola, regado a Rosema e com fruta pão e arroz com erva mosquito a acompanhar, servido por Don Chefe na praia Piscina e, não fosse Don Chefe ter-se equivocado nas contas finais, nada que não se resolvesse com comunicação assertiva e pedagógica, fazendo de conta que não notei que Don Chefe tinha apostado no efeito Rosema sobre a minha capacidade de transformar euros em dobras, havia aqui de tecer loas a Don Chefe e prantar aqui um retrato.
Finalmente, o restaurante da Casa-Museu Almada Negreiros, uma história bem aproveitada, atendendo a que Almada viveu apenas um par de anos na ilha, um serviço em condições e um cuidado no servir que não é habitual, isto apesar de eu lhes aparecer para almoçar já passava das três da tarde, coisa pouco vista por estes lados, eu inapresentável, a escorrer água, lama e sal, anunciando-me com uma chaideira de motor semi-gripado de um velho todo-o-terreno, ainda assim com direito às duas entradas, prato principal e sobremesas, para além do mítico café da Roça Monte Café.
Por outro lado, na Roça de São João dos Angolares, o Chef João Carlos Silva não desilude, é um desfilar de sabores e de cores que aguça o meu lendário vício de fazer perguntas, contando sempre com a paciência de sabe as respostas e que se deixa ficar à conversa. explicando-me com gosto a história dos pratos e a dificuldade em garantir um standart de se serviço. Chef João Carlos havia de me entristecer mais tarde, com o Espaço CACAU, mas isso não é história para agora, ninguém me manda jantar num desses sítios que tresanda a coisa ao gosto do turista por todos os poros e eu, ainda assim, a resolver fazer de conta que ali havia de ser coisa diferente do costumeiro.
Finalmente, o restaurante da Casa-Museu Almada Negreiros, uma história bem aproveitada, atendendo a que Almada viveu apenas um par de anos na ilha, um serviço em condições e um cuidado no servir que não é habitual, isto apesar de eu lhes aparecer para almoçar já passava das três da tarde, coisa pouco vista por estes lados, eu inapresentável, a escorrer água, lama e sal, anunciando-me com uma chaideira de motor semi-gripado de um velho todo-o-terreno, ainda assim com direito às duas entradas, prato principal e sobremesas, para além do mítico café da Roça Monte Café.
Que rico naco de prosa, Dom Pipoco!...Estou aqui embevecida. Já li, reli e dou comigo a pensar: "Isto é que é vida"...:)
ResponderEliminarTivesse eu que escolher, que não tenho, faz parte da magia "leve-leve" de acompanhar um blog, a total ausência daquele tipo de obrigação que aniquila o prazer das coisas, e diria que a sua viagem grande que melhor me soube acompanhar foi (está a ser) esta.
ResponderEliminarQuisesse eu ainda, que não quero, pôr-me com, sei lá, misticismos, e diria que parece mesmo, volto a dizer, até salta aqui do ecrã, que foi (ou continuará a ser) particularmente feliz nesta viagem, e que será talvez isso que os posts também estão a transmitir, para além das letras com os retratos a acompanhar, e o conjunto, acredite em mim, está aqui assim mesmo uma coisa de valor.
É verdade que também achei qualquer coisa especial na "reportagem" da Índia, principalmente, aquele post do guia que "tinha tudo controlado" e uma marca de óculos que a pessoa que produz e realiza este blog detesta, delicioso até na ironia, mas, desta vez, há aqui qualquer coisa extra, (ai senhores! que me deu mesmo para estar armada em mística!).
Sim, feliz por si, é o que estou eu aqui, e, já agora, aproveito para agradecer por ter-nos levado nesta viagem consigo, mas, também, vamos lá ver, não seremos os leitores completamente certos, mas, convenhamos, andaremos lá muito perto...Claro que agora o comentário vai terminar de forma mais do que óbvia, com um "ganda" sorriso