13 fevereiro 2019

Que vês da tua janela, Pipoco?


2 comentários:

  1. Credo! Nem me diga que, aquando da sua passagem por Rishikesh, ficou instalado num hotel barato, com vista para o meio do mato...Não posso acreditar em tal.
    Pois eu, quando lá fiquei, instalei-me no Gungun Homestay...

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  2. Cláudia Filipa13.2.19

    É hoje, aproveitando o enquadramento deste retrato, quando aí já estão na calada da noite, que venho contar-lhe uma coisa que anda a divertir-me, que é tal qual assim, e que estava aqui a guardar só para mim.
    Andava há imenso tempo para ler um livro, muito famoso, que penso que todas as pessoas que gostam de ler já terão lido e todas as pessoas que conheço que já o leram me disseram que gostaram muito, e eu, não sei por que razão, a deixá-lo sempre para depois, e ele ali, à espera, com um ar antigo, amarelecido, pertencente a uma colecção chamada Dois Mundos, trazido para as nossas vidas pela minha mãe.
    Pois bem, foi este ano, em Janeiro comecei a lê-lo.
    Sabe aquela preguiça deliciosa com que fazemos demorar as coisas que nos estão a saber bem? Estou a lê-lo tão devagar, mas tão devagar, que ainda vou na página 143, é por volta desta altura do livro, que Larry, que andou por muitos lugares do mundo, começa, modestamente e por um motivo de força maior, a demonstrar, vou dizer assim, o que a Índia terá feito por ele.
    E quem está agora na Índia? Nosso Pipoco. Quem, em vez de concentrar-se nas respirações, no momento, anda a pensar em pistas pretas? Quem já está a ver a sua vida a andar para trás com isso do espartano e já só quer o mundano? Quem nunca seria um Larry? Nosso Pipoco.

    Sim, o livro é "O Fio da navalha", e este comentário foi escrito com um sorriso de orelha a orelha, como quase todos, aliás.

    (E que nosso Pipoco continue a ver e a mostrar-nos o mundo visto da sua janela)

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