O problema da Índia é que as diferenças chegam todas ao mesmo tempo, tivéssemos nós um par de dias para nos habituarmos ao trânsito, as primeiras horas serviriam para esquecer todas as regras, a seguir o nosso ouvido havia de interiorizar a necessidade das buzinas, finalmente chegaria a hora de não nos espantamos com o milagre de não morrer ninguém, os dias seguintes haviam de servir para nos habituarmos aos cheiros, o cheiro a especiarias misturado com o do lixo em decomposição, o cheiro do incenso misturado com o do suor, mais uns dias e havíamos de nos habituar aos labirintos das ruas, à intocabilidade das vacas, aos saris e aos homens sagrados.
Mas não, a Índia atropela-nos, surge toda de uma vez, imparável, sem nos dar tempo para nos habituarmos, resta-nos recalibrar as nossas certezas, redesenhar as nossas prioridades e amaldiçoar o dia em que decidimos ser viajantes em vez de turistas.
Mas não, a Índia atropela-nos, surge toda de uma vez, imparável, sem nos dar tempo para nos habituarmos, resta-nos recalibrar as nossas certezas, redesenhar as nossas prioridades e amaldiçoar o dia em que decidimos ser viajantes em vez de turistas.
Por cá também temos mulheres de sari, homens sagrados - poucos, mas ainda os há - ruelas com o cheiro fétido do lixo em decomposição - basta que haja uma greve do sector - cheiro de suor de estivadores cansados de estar parados... só não temos vacas a passear pelas ruas...digo eu! Se calhar até as há...
ResponderEliminarEu acho que ser viajante e bem melhor do que ser turista.
Áustria...aguenta, que aí vai o Tio Pipoco...
E as cores Pipoco, e as cores?...
ResponderEliminarUma maçada isso de estar na Índia.
ResponderEliminar'tivéssemos nós um par de dias para'... se o problema é o tempo, não se tornou viajante, continua turista.
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