Um dia, quando menos esperares, viajarás mesmo a sério, darás por ti num desses sítios onde não se chega em menos tempo do que um livro dos grandes demora a ser lido, terás que pedir com gestos o que te fizer falta, usarás de novo mapas de papel, não tentarás comparar o que vês com o teu mundo, dormirás em chão duro e estarás a pé antes do nascer do sol porque a maioria das maravilhas que terás para ver são mais grandiosas ao nascer do sol.
Nesse dia, todas as vistas do topo da Torre Eiffel, todas as moedas lançadas na Fonte de Trevi, todas as pinturas de Goya no Prado te parecerão perdas de tempo.
E todos os que esperam nas filas dos Jerónimos, todos os que caminham com os olhos colados ao telefone, sem olhar para cima, todos os que precisam de ajuda para chegar a um sítio cem metros adiante, te parecerão ridículos.
pipoco sortudo!
ResponderEliminarConfirmo, Ana.
Eliminar(sempre fui, aliás...)
E que sítio longínquo é/será esse?
ResponderEliminarDiga, diga, Mr. Pipoco.
Até os que não perguntarem querem saber...
Será a Lua?
Terras de Lupanar
ResponderEliminaronde todos os homens felizes se encontram.
Ai, ele é isso?
EliminarEntão, para si, Onónimo, aqui vai:
Ah! Porque monstruosíssimo motivo, prenderam para sempre nesta rede
Dentro do ângulo diedro da parede, a alma do homem polígamo e lascivo?
Este lugar, moços do mundo, vêde: é o grande bebedouro colectivo
Onde os bandalhos, como um gado vivo, todas as noites vêm matar a sede!
É o afrodisíaco leito do hetairismo a antecâmara lúbrica do abismo
Em que é mister que o género humano entre, quando a promiscuidade aterradora
Matar a última força geradora e comer o último óvulo do ventre.
:P
Eliminarhttps://giphy.com/gifs/what-the-fuck-ypX8YZszkIXFC
(às tantas tomavas só metade, fazia efeito na mesma e sempre poupavas)
Mas que eloquente está a Janita hoje!
EliminarSó pode ser do real nome.
Vai um brioche?
;)
Queen Elizabeth
Meninas, isto não é para quem quer:
ResponderEliminarÉ apenas, para quem pode!!
:D
Estás na Índia, não estás? :)
ResponderEliminarJoana
Isso!
ResponderEliminarMinha cara Maria Antonieta, aquilo é um poema de amor ou um convite lascivo?
ResponderEliminarUm poema, caro Onónimo, um poema. Escrito por um poeta famoso a propósito de Lupanar.
EliminarSabe de quem falo?
As coisas são como são, e por isso afortunado é aquele que descobre (e vive) tudo isso no sítio onde acorda todos os dias.
ResponderEliminarCara Maria Antonieta, como posso saber, moço de obras que sou, quem em papel tal inusitada ode ao concupiscente amor burilou? Assoma o aroma de inocente cantar de clérigo imaginando o paraíso.
ResponderEliminarPara moço d'obras, sem desprestígio para eles (os moços), é bastante erudito, caro Onónimo.
ResponderEliminarJá se esqueceu que, quem trouxe à tona, a ideia do poema, foi o senhor com aquela alusão às Terras de Lupanar?
Não, creio que não, que o poeta não era nenhum clérigo. O pessoal do Clero não frequenta esses locais, penso eu. O senhor, Onónimo, é que deve ter conhecimento de causa, pois afirmou ser onde os homens felizes se encontram. É?... Pois não sei!
Tenha uma boa noite.