31 janeiro 2019
Ainda agora
Quando o rapaz chegou à mesa do bar de praia já a rapariga dos olhos verdes tinha lido umas vinte páginas bem aviadas de Agustina, eu sei-o porque estava sentado na mesa do lado, à espera que a chuva amainasse, dois cafés depois e parecia que o dilúvio não tinha fim, o rapaz sentou-se e pediu desculpa pelo atraso, a chuva, o trânsito na Marginal, depois o rapaz tirou o casaco e os abdominais ficaram à vista da rapariga dos olhos verdes, uma coisa desnecessária, isto dizia a expressão da rapariga dos olhos verdes, depois o rapaz falou longamente de coisas lá dele, activos imobiliários, jantares em restaurantes da moda, uma coisa inteligente que tinha dito ao chefe na altura certa, umas reuniões importantes, a rapariga dos olhos verdes cada vez mais maçada, entretanto a chuva deu tréguas, eu e a rapariga dos olhos verdes sorrimos com o olhar e aquele sorriso queria dizer "este tipo está a fazer tudo ao contrário, benza-o deus".
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Lá está, Dom Pipoco...dá Deus as nozes a quem não tem dentes...
ResponderEliminar...e o Pipoco ali tão perto!
Credo, homem! Mais vale dizer, de uma vez, que não me grama.
ResponderEliminarAbala assim, abruptamente, para outra, sem me dizer água vai...Bolas!
Que o berbigão lhe sirva de bom proveito...
É raro o moço que não faz tudo ao contrário...
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