16 outubro 2013

Ou as que gostam de Wilde e as que não

Oscar Wilde, creio que em Lady Windermere's Fan (claro que foi no Lady Windermere's Fan, isto do "creio que" era para dar um ar a meio caminho entre o blasé e o inseguro...) dizia ser absurdo dividir as pessoas em boas e más, dizia Wilde que as pessoas são, isso sim, entediantes ou charmosas. Já eu, que sou eu, divido as pessoas em dois grupos, as que sabem mais que eu e as que não.

18 comentários:

  1. Esse "mais" é quantitativo ou qualitativo?

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    1. O problema não é exactamente esse, São João. A grande questão é que, se a coisa for uma interseção do qualitativo e quantitativo, é uma maçada porque fica de um lado o universo das pessoas e do outro um conjunto vazio.

      (mas não fique triste, a sua questão é pertinente e leva-me a reflectir de novo sobre a problemática)

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    2. Tem razão, que parvoíce, é que eu às vezes esqueço-me que estou a falar com o alter-ego.

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    3. Que enorme maçada, imagine a São João que a minha resposta se prestava a uma interpretação (naturalmente errada...) de que o conjunto vazio era o das pessoas que, cumulativamente, sabem mais e melhor do que aquilo que eu sei. É o contrário, esse é o universo.

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  2. Anónimo16.10.13

    A verdade é que nessa resposta acabou de colocar um novo post, sem ter dado a resposta.A minha pergunta é : em qual dos grupos se encontra ?

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  3. Já o José Sócrates dizia: "eu só sei que nada sei".

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  4. Se o saber não ocupa lugar onde se enquadra no "o conjunto vazio era o das pessoas que, cumulativamente, sabem mais e melhor do que aquilo que eu sei." ?

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  5. Anónimo16.10.13

    E o outro dizia eu nem sequer sei que nada sei

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  6. OCorvo16.10.13

    Já eu, que sou eu, divido as pessoas em dois grupos.
    As que têm dúvidas, e o Paulo Bento.

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  7. É verdade, meu caro Pipoco.
    Mas a verdade, essa, como dizia Algernon no The importance of being Ernest, "is rarely pure and never simple. Modern life would be very tedious if it were either, and modern literature a complete impossibility!"

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  8. a minha pergunta é muito provavelmente idiota (o muito provavelmente não pretende aqui ser blasé nem demonstrar insegurança - apesar de às vezes usar o parece-me de uma maneira não muito diferente -, pelo contrário, estou convicta e segura que sei menos, em muita coisa, que o Pipoco) mas vou colocá-la à mesma. não será uma tarefa muito árdua dividir entre os que sabem mais que alguém e as que não? é que haverá um grupo enorme de pessoas que sabem menos do que o Pipoco (e do que o Ruben Patrick) em determinados assuntos mas esse mesmo grupo não saberá uma panóplia de outras coisas que o Pipoco não sabe muito ou mesmo nada? não é uma provocação, é mesmo só uma pergunta. estou a clarificar porque de cada vez que entro em blogs vejo mais provocações do que comentários.

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  9. Anónimo16.10.13

    Eu divido em vários grupos: Os interessantes e os chatos; Os que merecem e os que não merecem; Os da manada e os fora da manada... E depois há os subgrupos. Enfim, todo um mundo de fragmentação ao sabor das vontades ao nosso inteiro dispor. A vida é uma coisa maravilhosa! E quando descobrimos que há sempre alguém que sabe mais que nós, também podemos fazer a partição entre os que são humildes e querem aprender com quem tem para ensinar e aqueles que no alto da sua arrogância preferem nem sequer mudar de opinião.

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    1. OCorvo16.10.13

      Lá está! Falamos do mesmo. Paulo Bento, claro.

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    2. Anónimo16.10.13

      Exacto! O Paulo Bento a aprender com o Mourinho? O Mourinho é um charme de homem... Adoro aquele ar de mauzão. Já o Paulo Bento...

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  10. Essa é uma divisão pouco eficiente. Não conseguimos fazer grande coisa com ela porque não há nenhuma ilação lógica a retirar da qualificação. Que é o mesmo que dizer: não interessa nada as pessoas saberem mais ou menos do que nós.

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    1. OCorvo16.10.13

      Ó Cuca, a Pirata! Então não interessa?! Interessa e muito!
      Como é que vinham corrigir os nossos erros de gramática, Hem?

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    2. Anónimo17.10.13

      É hein e não hem!

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  11. Anónimo16.10.13

    Tendo por regra usar uma taxonomia dicotómica, eu cá divido as pessoas entre aquelas de quem gosto e as que não existem.
    sc

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