31 agosto 2013

Os Novos Maias, ou lá como se chama aquilo (V e VI)

O que Gonçalo M. Tavares escreveu para a continuação de "Os Maias" tanto dava para continuar "Os Maias", como a Bíblia, "Os Cinco no Lago Negro" ou um desses livros de auto-ajuda. Espanta-me que lá pelo Expresso não tivesse havido ninguém que, ao ler aquilo, lhe tivesse dito "Gonçalo, rapaz, isto não serve, é fazer outra tentativa, e que saia jeitoso desta vez". Gonçalo havia de se abespinhar, invocar a criatividade, a liberdade artística, o tal responsável, havia de tamborilar com os dedos na mesa de madeira, o Gonçalo havia de perceber os sinais e tinha mesmo que se esforçar, a coisa havia de se dar, tentativa-erro, o Gonçalo M. Tavares havia de atinar. Mas não, niguém lhe explicou que aquilo não era nada e foi uma pena. Um em dez.

Já a Clara Ferreira Alves, espantou-me, acontece sempre espantar-me quando espero pouco e depois sai uma coisa em condições. Bem feito, credível e, como se trata do neto Maia, não parece tão grave a blasfémia. E, além disso, deu-me vontade de ir a Nápoles, o que, parecendo que não, é obra. Seis em dez.

2 comentários:

  1. Anónimo31.8.13

    Mas isso do Gonçalo M Tavares valeu bem a pena, quanto mais nãofosse para ler o cinturinha de alcagóita da Palmier! E sabendo bem que por aquié blasfémia, o que eu me ri por lá!
    Mariana

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  2. Caro Pipoco
    Acredite ou não,Nápoles pode ficar-lhe muito bem:) não se deixe enganar pela óbvia decadência e adentre-se na boa gastronomia...e amalfi ali tão perto.

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