04 fevereiro 2011

Da juventude

Desde aquela publicidade da Sumol, aquela de não falar aos momentos em que se está quase a dar o salto para deixar de ser jovem, que a juventude não tinha uma luz para a guiar, vai daí apareceu a música nova dos Deolinda.

3 comentários:

  1. O tema é qualquer coisa de ...je ne sais qua...a sério! para mim é a Grândola dos tempos modernos*

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  2. Anónimo4.2.11

    Pertenço à "Juventude". As pessoas dizem sempre que as coisas vão mal, porque querem sempre mais. Se outrora se disse que se estava mal, deviam ter imaginado o que viria depois - O agora. Estou integrada num núcleo de Mestres recém formados e bastante qualificados e realmente ninguém arranja trabalho.Tenho amigos que trabalham há 5/6 anos e não ganham mais de 500 euros por mês passados num recibo verde. Não conseguimos começar vida conjugal, muito menos pensar em ter filhos. O aluguer de uma casa fraquita já é um peso enorme. Anyway, a música dos Deolinda retrata perfeitamente aquilo que estamos a passar. Se eu estivesse assistido ao concerto dado nos coliseus, teria igualmente aplaudido de pé esta música.

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  3. A música dos Deolinda é das coisas mais parvas que apareceram este ano e ainda só vamos no início.
    Mas mais parva que a música deles são as reacções das pessoas. É um atirar de culpas para todos menos para nós. Porque se a nossa vida está má, não percebo porque é que a culpa há de ser de todos menos nossa. E a maioria das pessoas, por muito que muitas não consigam arranjar trabalho, não querem é trabalhar, e conheço exemplos infindáveis disso. Ou então são esquisitos. "Ou é para a minha área ou não é!". Ou então o estrangeiro nem sequer é opção. Enfim.
    A verdade é que na minha universidade há duas feiras de emprego anuais e ofertas de emprego todo o ano através dos departamentos. Só que muitos ou são lá fora ou têm ordenados que começam por baixo. E a maioria das pessoas não quer começar por baixo, nem quer fazer nada que não seja estritamente da sua área, o que enfim, não ajuda a encontrar trabalho.
    E quanto à música também acho sempre piada à parte de ter a prestação do carro para se pagar. Afinal, a viver na casa dos pais e sem trabalho, mas tem-se carro...
    E se formos a ver por esta blogosfera fora o que não falta são dondocas com vernizes de 20 euros, e que também aplaudem a música, ora gostava de saber como é que pessoas que se dão ao luxo de gastar o correspondente a umas quatro ou mais refeições em casa no artigo que é. Por isso acho muito engraçado ver estas opiniões sobre a música pela net fora. É a incoerência total.

    Se é que é um hino, é o hino dos falhados sem dúvida alguma. Dos que não páram para pensar um bocado que se a vida não nos corre bem, não poderemos passar o tempo a culpar os outros pelo nosso estado. Quem quer uma vida melhor, vai atrás dela, é só preciso deixar o comodismo e o facilitismo para trás.

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