Meus caros amigos que proclamais que isto da pandemia é coisa inventada, isto são os donos do mundo a meter-nos medo, já os nazis faziam isto, que me convidam a libertar-me destas correntes que me privam da minha liberdade, em verdade vos digo que concordo já com as vossas teorias se me prometerem que, primeiro, vão ali dar uma espreitadela aos contentores frigoríficos do hospital mais da vossa conveniência, há muitos por esse país fora, fazem um fresquinho muito bom, não me perguntem como sei eu destas coisas, basta-vos acreditar que sei, abram uns saquinhos pretos que lá estão e espreitem para dentro, que, segundo, me prometem que, em caso de o vírus ser mesmo verdade, notem que isto é apenas uma hipótese, mas, em caso de ser verdade e vos toque, caso os meus caros comecem a ficar sem paladar ou com uma constipaçãozinha mais forte, que não entrem em pânico e fiquem em vossas casas, sossegados, sendo consequentes e não se deslocando a nenhum serviço público que eu esteja a pagar, aguentando forte e esperando que passe e, terceiro, se eu souber que os meus caros andaram por ai à solta, estando com a tal constipaçãozinha, e pegarem o mal a alguém cá da minha predilecção, eu vos possa sodomizar ou pedir a um amigo meu nigeriano que vos sodomize, dependendo dos casos. Vamos a isto?
(lembrei-me disto no dia em que se finou a mãe de uma boa amiga, dessas que se fotografa sem máscara e a seguir proclama o seu excêntrico conceito de liberdade, e a minha amiga informou-me que a mãe se finou por causa de uns problemas respiratórios desagradáveis e umas queixas de ter perdido o olfacto, nada a ver com Covid)
Não fossem os agentes dessse tipo de apelos tão avessos ao conhecimento/ informação em geral e à ciência em particular, já algum médico lhes teria explicado a gravidade da falta de oxigénio no cérebro e, naturalmente munido da devida autorização, os tivesse ajudado. Mas em vez disso metem- se nos reikis e depois um gajo que os ature.
ResponderEliminarKina, este é um post que carrega em si uma proposta de valor de grande envergadura e capaz de potenciar uma discussão sã e em harmonia
EliminarLamento se não descortino ponta de racionalidade em certas teorias.
EliminarComo este é um: "... post que carrega em si uma proposta de valor de grande envergadura e capaz de potenciar uma discussão sã e em harmonia", é que eu estou calada a assistir à discussão...😷 🤓 🧐
ResponderEliminarÓ Janita, haja alguém.
EliminarNão sei que discussões espera o senhor do post, no fundo o próprio já disse quase tudo, por mim falta dizer, numa toada assim de alguma sanidade: uma coisa é pôr em causa medidas, questionar rumos e princípios, duvidar, criticar meios de comunicação, recear e ousar alternativas, e tudo com base na informação esmiuçada e ainda escassa sobre esta treta que sobre a humanidade se abateu, ...
Outra coisa, estulta e potencialmente criminosa, é negar a situação e alegar obscuros e totalitários poderes, devem ser comunistas ou o crl, que querem amordaçar a humanidade sob máscaras cirúrgicas e aniquilá-la com ventiladores e seringas. Isto para mim é, sim, ou coisa de gente endoidecida ( perfeitamente compreensível, estamos tds um bocado xonés, opah mas há linhas telefónicas p transtornos psicológicos de td a sorte e feitio, procurem ajuda, não venham é endoidecer ainda mais as gentes, arregimentando- as para subversões sanitárias baseadas no Facebook e demais desinformação, memes e assim)
Ou de quem deseja tirar partido,
seja por razões pessoais, profissionais, políticas, partidárias, (e a esses desejo tão só a tal sodomizacão ao estilo nigeriano).
Ó Kina...entre as duas alternativas que coloca acerca da origem dessa gente que só sabe lançar a confusão na mente das hostes, alvitrando que serão ... comunistas ou o crl...tendo a inclinar-me mais para o crl...quanto à sodomização, esqueça lá isso!
EliminarTal qual. Mesmo, mesmo, muito obrigada por este post.
ResponderEliminarÉ impressionante como, de repente, mesmo pessoas de aparente discernimento insuspeito, desataram a confundir liberdade com total irresponsabilidade.
Em que lugar parará o conceito "a minha liberdade termina onde começa a do outro", sendo que, neste caso, podemos estar a falar da diferença entre a vida e a morte.
Será que não pesa na consciência desta gente a possibilidade de, com um dos seus comportamentos "livres" em plena crise de saúde pública, poder ser responsável por lixar a vida a outra pessoa?
Será que não acham absolutamente ridícula, mais, criminosa, a sua total confusão de alhos com bugalhos, que, obviamente, visa servir o próprio umbigo, mas vem disfarçada de luta pelo bem de todos nós, os outros, os ceguinhos? numa altura destas? Será que não acham demasiado ridículo, os saudosismos de uma espécie de "plano revolucionário em curso", numa altura destas?
Costuma dizer-se, "contra factos não há argumentos", embora neste caso até existam milhares deles, de argumentos, mas, essa gente, nem com factos olhos adentro, "está tudo comprado, são todos uns vendidos, os cientistas, os médicos, todos, e os dados estão todos feitos para servir o sistema que quer controlar-nos"... Enfim.
Uma das cerejas no topo do bolo da desonestidade intelectual, sim, não acredito que sejam assim tão (é escolher a palavra), é o argumento, "morrem mais pessoas disto, morrem mais pessoas daquilo"...Qual será a parte difícil de perceber que, sim, sempre morreram pessoas, das mais variadas coisas, e continuarão a morrer depois do Covid, nós não somos imortais, acontece que não é a mesma coisa que precisar, uma invulgar quantidade de gente, de tratamento hospitalar ao mesmo tempo, de socorro ao mesmo tempo, de uma invulgar quantidade de meios e de esforço humano fora do comum ao mesmo tempo, a ponto de poder estar em causa ter de fazer-se escolhas entre quem socorrer ou não, ou de como socorrer "mais uns do que outros" pela gravidade/hipótese de sobrevivência. Qual será a parte disto que é assim tão difícil de perceber?
E, a avaliar pelo que nos custa andar com uma máscara, que custa, parece que nos atrofia os sentidos todos, imaginemos o que é trabalhar, num dos trabalhos mais difíceis e exigentes, a todos os níveis, horas e horas seguidas, enfiados naqueles fatos de protecção horríveis, imaginem o que é ter de trabalhar com aqueles fatos inacreditáveis como trabalham todos os profissionais de saúde que estão a lidar com o Covid. Já lhes viram as marcas nos rostos, não viram?
Sabe, tenho um caso que até parece mentira mas não é. Às vezes, a vida, encarrega-se de dar dez a zero à ficção. Um senhor, negacionista convicto, com quem me passava em discussões deste tipo, ele, sempre em modo condescendente com a minha ingenuidade, apanhou Covid, ficou mesmo mal, como tinha problemas cardíacos, não resistiu, morreu, motivo, sim, Covid. Os, antes, "seguidores", estão agora cheios de medo, é vê-los a cumprir tudo, claro que, não por princípios básicos de civismo, claro que não por noções básicas de respeito pelo outro, pela vida do outro, nem que fosse um só que pudesse ser infetado e morrer de Covid, mais uma vez, só o próprio umbigo, só por "medinho", a diferença é que agora já não dá para disfarçar a coisa com "o bem para todos nós, que somos uns parvinhos, tolinhos, domesticados e mansos e estúpidos e não vemos as coisas e que, ainda por cima, somos uns ingratos...
Muito, mas mesmo muito, obrigada, mais uma vez, Autor deste Blog.
É um tema com potencial nutritivo, este. Mas no presente painel de comentários já foi dito muito mais do que eu poderia acrescentar para a discussão.
ResponderEliminarNa verdade, não consigo entender os tais negacionistas, e dou-me por satisfeita por ainda não me ter deparado com um e respetiva necessidade de discutir o assunto, poupando assim um precioso tempo.
Mas aproveito para desviar um bocado do tema e recomendar vivamente esta coleção de podcasts, iniciando por exemplo, por este:
https://podcasts.apple.com/pt/podcast/assim-fala-a-ci%C3%AAncia/id1535065337
São dos 25 minutos mais bem empregues do dia, são são.
Já agora, há cientistas que são melhores comunicadores do que muitos comentadores ou mesmo jornalistas, raramente precisam de encher pausas com "aaaaahhh" e percebe-se tudo o que dizem. Adoro.