09 agosto 2020

Muitos anos depois, diante da limitação do confinamento, Pipoco Mais Salgado havia de recordar aquelas tardes remotas

 Bem podemos caminhar no carreiro que liga as Cinqueterre, beber um trago de vinho de palma em São Tomé, sentir no corpo o morno das águas do Índico, desafiar os cumes dos Alpes ou caminhar com tempo em Central Park, o Santo Graal das férias, aquilo de que estamos sempre a correr atrás sem nunca mais o conseguir repetir, são as férias com livros de Enid Blyton lidos à hora do calor, fazendo tempo para ir ao rio numa bicicleta sem travões, roubando figos e uvas pelo caminho e regressando felizes ao pôr do sol, mesmo a tempo de a nossa avó nos preparar o nosso jantar favorito, recomendando-nos que não comêssemos melancia à noite, o dia seguinte seria igualzinho e não havia nenhum problema nisso.

2 comentários:

  1. Bons tempos esses, hein Tio?
    Bons tempos! :)

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  2. Cláudia Filipa9.8.20

    Guardo, religiosamente, assim como quem guarda memórias materializadas, assim como relíquia, as aventuras do fantástico Gordo e dos seus amigos (muita gente guarda, religiosamente, Os Cinco). Quando pego nos livros, sou automaticamente transportada, perco-me a sonhar com realidades passadas.

    (mas continuo a encantar-me. Por aí, ou sossegada, em todo o lado. Se há coisa que peço à vida, desde que me lembro, é que, aconteça o que acontecer, não me faça perder a capacidade de encantamento. Tem corrido bem. Aliás, acho que é o que me salva sempre)

    :-) (Deixe-me sorrir graficamente como se não houvesse amanhã, Pipoco. É que, apetece a uma pessoa sorrir-lhe para os posts, que é como quem diz para si, e, assim sem tornar o sorriso gráfico, parece que os comentários ficam frios, e, frio, aqui, é mentira)

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