15 agosto 2019

Historinha

Era uma vez um corpo e, um dia, os órgãos do corpo decidiram que  o mais importante deles havia de ser o chefe, e disse o cérebro que o chefe devia ser ele, afinal era ele quem que pensava, o que tudo decidia, logo o coração alegou que não podia haver dúvidas, deixasse ele de bater e o corpo deixava de viver, o chefe tinha que ser ele, pediram a palavra os pulmões, que não havia dúvida que os oradores antecedentes eram razoavelmente importantes mas o chefe tinha que ser ele, o que permitia que o corpo respirasse.

Estavam todos naquelas alegações quando deram conta que os intestinos, que ainda não tinham pedido a palavra, tinham deixado de trabalhar...


(não são só os homens dos camiões a poder transtornar os nossos dias, o que não faltam são pessoas invisíveis que, caso se decidam a aborrecer-nos, a coisa é capaz de ser desagradável)

3 comentários:

  1. Anónimo15.8.19

    ...e, cada um, que tire as suas ilações acerca da importância desta história tão oportuna.

    ResponderEliminar
  2. Pois..... ahahahahahahha



    Bom dia, Sô Pipoco

    ResponderEliminar
  3. Cláudia Filipa15.8.19

    E uma rapariga que gosta de dizer coisas, neste momento, em estado de saborosa moleza, a lê-lo de tecnologia ao colo, apenas os pássaros a violarem o pacto de silêncio do mundo, cala o palavreado, mas, por saber-lhe bem, fica com vontade de agradecer mais uma vez (e todas as que lhe apetecer), a(s) sua(s) historia(s). Agora vai sair, deixar a preguiça invadir-lhe totalmente o corpo, e, já agora, espera que nenhum dos seus órgãos decida estragar-lhe o dia.

    ResponderEliminar