03 maio 2019

Copo meio cheio

Pessoa de bem, que me deve alguns favores, alguns deles de valor sentimental, mas que manifestamente desconhece em absoluto os meus gostos musicais, resolve favorecer-me com a oferta de dois bilhetes para uma das primeiras filas do concerto de Roberto Carlos, assinalando que comprou bilhetes também para si, o que, tecnicamente, exigirá uma extraordinária, avassaladora, rocambolesca e imaginativa justificação para a minha mais que provável falta de comparência. Agradeço efusivamente, como se fossem bilhetes para um concerto de Dead Combo, e penso que a coisa podia ser bastante mais catastrófica, afinal podiam muito bem ser bilhetes para um concerto de Rod Stewart.

12 comentários:

  1. ladykina3.5.19

    ahahahahahahahahahahahahah

    Chama-se Karma, caríssimo - a pessoas que cá nos fazem "favores (...) de valor sentimental", cá se paga com "bilhetes para uma das primeiras filas do concerto de Roberto Carlos".

    ahahahahahahahahahahahahahahah

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  2. Diverti-me imenso, na juventude, com o "Calhambeque" desse cantor mas, se hoje me oferecessem bilhetes para assistir a um seu concerto, iria encontrar-me na mesma situação de desconforto.
    Felizmente nenhuma pessoa de bem me deve favores, muito menos de valor sentimental...

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  3. Se as baleias cruzam os oceanos o Pipoco bem pode fazer o frete.

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  4. (Na verdade tenho alguma dificuldade em assimilar a ideia de alguém se considerar credor de favores de outrem)

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  5. Anónimo3.5.19

    Não da para adoecer subitamente?
    Era o que eu faria para não magoar ninguém
    vw

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  6. Anónimo3.5.19

    Eu quero,eu quero,para levar a minha mãezinha. A sério.

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  7. ...ou, em alternativa a tudo o que lhe foi já sugerido, decline a oferta, usando de todo esse seu charme de gentil homem, habituado a lidar com situações constrangedoras.

    Pois...se conselho fosse bom e resultasse, não de dava; vendia-se! ehehehe

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  8. Salgadinha3.5.19

    Credor de favores, senhor Pipoco?
    Não mata, mas desilude um cadinho.

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  9. Cláudia Filipa3.5.19

    O meu pai gostava muito de Roberto Carlos (tempos depois, isso ficou adormecido, bastante adormecido), e, às vezes, em viagens longas, adivinhe? (Diga? Isso explica muita coisa? Vá lá, não seja assim) (E a minha tia do Julio, hoje, às vezes, divirto-me a cantar-lhe, desafinada e com todo o sentimento que se impõe, "Hey", ela fecha os olhos e, no fim, rimos). Bem, mas voltando ao ponto de partida, para o meu pai, o copo meio cheio nesta situação, sabe qual era? Eu desatar a chorar imediatamente a seguir ao inicio das "Baleias", a coisa era de tal maneira que, ainda hoje, se quiser hidratar essa zona tão magnífica e sensível, basta-me... "Não é possível, que você suporte a barra...", "Uma cauda exposta aos ventos, em seus últimos momentos...", "Seus netos vão-lhe perguntar em poucos anos, pelas baleias que cruzavam oceanos...", ai, pronto, caramba, mas dá para aguentar?
    E, confesso, já dancei feliz, na rua, numa feira, ao som de "Calhambeque", versão GNR (não explica nada, pare com isso)
    Entretanto, não posso deixar este post sem, ora, pois claro, não se está mesmo a ver: Ah! Pipoco, esse guy que has all the luck!

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    1. Cláudia Filipa3.5.19

      * O que dancei, ao som dos GNR, não foi nada "Calhambeque", claro, foi "Quero que vá tudo pro inferno".

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  10. Anónimo4.5.19

    Passa a vida a receber presentes (passa a vida a fazer favores?). Há dias eram umas colunas B&O.
    Tosse.

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