04 abril 2019

...e eu próprio não me ando a sentir muito bem

Capitã Cuca apaixonou-se pelo papagaio da Andhrazimur, o cozinheiro salvo por um triz de ser servido de cebolada a uma tribo de adoráveis indígenas, é da natureza das mulheres sucumbirem de amores por papagaios, Madame Palmier está aprisionada em quadros magníficos, carregados de piscadelas de olho a delírios variados, valha a Madame Palmier a vista de rio que certamente os quadros terão, alinhados em parede de tijolos mal afamados, sua excelência Rentes de Carvalho voltou a brindar-nos com as suas palavras genialmente alinhadas mas foi avisando que eram palavras que também se podiam ler num pasquim de má qualidade e ainda não recuperámos do choque,  a Mãe Preocupada está mais tolerante com o mundo em geral e com o Senhor Pereira em particular, parece por esta altura estar mais apaziguada com as pequenas bizarrias dos seres irritantes, de todos os outros falarei em tendo mais vagar.

6 comentários:

  1. ...já que falou em Madame Palmier, venho aqui numa corridinha dizer que a ser verdade ser a própria a executar aqueles belos quadros, em que se auto-retrata, a Madame PE é uma Artista de enorme gabarito.
    De todos, o que prefiro é a "Luta de Classes". Fantástivo!! Até no olhar da glamourosa funcionária está bem patente o recalcamento da classe à qual pertence: o proletariado, pois está claro.
    Apaixonado ou não, veja se arranja tempo para mencionar os bons blogs que lhe faltam. E agora vou, que a minha vida não é só isto...

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  2. É esse o meu destino, caro D. Pipoco, logo no berço fui destinado aos pasquins, tão verdade que de nada adiantou fazerem-me comendador, pois não tenho dons de pertença. Mas veja só, é no pasquim que me dão liberdade. Subscrevo isso dos blogues e desgosta-me que por vezes se esconda por tanto tempo. Aceite o abraço.

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  3. Cláudia Filipa4.4.19

    A Cuca, bem dizia que, para escrever, precisava de ter o coração partido, nunca acreditei, pensei sempre que era intrujice da Pirata, afinal...
    Lembro-me de ter lido a Palmier dizer que o blogue era como se fosse a sua (da Palmier) boneca, palavras minhas a partir de agora, seria um espaço no qual a veste mais formal disso de ser adulto é deixada num cabide à entrada e a pessoa dá asas à sua percentagem de criança, um espaço de fantasia, ainda por cima, havia "outros meninos", na caixa de comentários ou em outros blogues, que queriam brincar também. Às vezes, aparece um brinquedo novo, todo estimulante na novidade e no desafio, e a pessoa divide-se na brincadeira, imagino que deva dar um enorme gozo à Palmier brincar com aquela nova boneca que são os quadros, pensar em situações e conseguir mesmo desatar a dar-lhes forma.
    JRC, está aqui... (esta parte até vai ficar só assim...)
    Sabe o que me parece em relação à Mãe Preocupada? Sinto-lhe paixão a correr nas frases, a paixão que existe naquelas pessoas que não se deixam morrer por dentro, mesmo que mais tolerantes, paixão misturada com pés na terra, com poder de observação, com lucidez, muita, muita lucidez, essa lucidez que a faz também dar conta, sem escamotear, da sua própria percentagem de imperfeições, sem quaisquer objectivos de querer impor-se aos outros ou querer ter razão. É o que sinto quando leio a Mãe Preocupada.
    Agora, o Pipoco e aquele título. O esmorecimento nota-se e pega-se, tal como o entusiasmo, eu, que gosto mesmo, como sabe, disto do Pipoco, penso que gostei mais ainda do que se notava de entusiasmo em quem escrevia este blogue, outro adulto/criança que vinha aproveitar o potencial de brincar que isto tem, outro com a paixão de quem não deixa que o matem por dentro. A sua falta de entusiasmo, deveria ser proibida por Lei. Mesmo que escrevesse sempre o mesmo post, também o bacalhau se cozinha de mil e uma maneiras e quem gosta delicia-se com todas, e, lá está, também faz logo toda a diferença a comida ser feita com gosto, será o mesmo com um blogue, com um post, com tudo. Foi também por essa ideia inspiradora, do que se imagina ser um adulto com responsabilidades bem sérias, com aquele tipo de trabalho que dá mesmo uma grandessíssima porcaria quando se falha, que até pode ser mesmo taciturno quando a situação exige, mas, depois, aparece de si, todo um Pipoco e (agora menos) todo um Ruben, a sério, este tipo de coisas contribui para a minha esperança na humanidade. Foi tudo isso que me fez ficar e ter vontade de comentar e combinar comigo mesma que, quando se fartasse disto dos blogues, eu também pegava nas minhas malas e partia. Mas, haveria uma coisa, que me faria partir antes, se dissesse, ou se desse para perceber, que isto do Pipoco já não contribuía para fazê-lo feliz, que já não o entusiasmava, se andasse por aqui apenas a arrastar-se pelo que já tinha sido, e, é o que tem acontecido ultimamente, não é? Jamais contribuirei para que ande num sítio a arrastar-se, bolas, seria até criminoso. E, sabe que mais? Também penso que "o entregaram um bocado a mim" e deixaram de vir brincar consigo, sem querer "sequei-lhe o blogue", e, o Pipoco, "anda cá pelo convívio", fazem falta "os outros meninos" nestas suas caixas de comentários, estímulo precisa-se!

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    1. Anónimo4.4.19

      credo. que canseira.

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    2. É isso mesmo, Cláudia. Os dias deviam ter o dobro do tempo, para conseguir brincar com todas as minhas bonecas :D

      (às vezes olho para o meu blog, tão bonito, ali encostado na prateleira, cheio de pó e tenho pena dele, coitadinho... ai vou já a correr abrir-lhe as janelas para deixar entrar ar! :D)

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  4. Salgadinha5.4.19

    Gostei muito deste post, senhor Pipoco. Uma atitude muito bonita a homenagem que dedicou às pessoas suas amigas e às que lhe merecem simpatia.
    Tenho uma pedra no lugar do coração. Se não tivesse ia dizer que o senhor é uma pessoa boa e amiga dos seus amigos.
    Assim faz de conta que disse.

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