O mal das altitudes, conforme as escrituras, atrasa-me o passo e faz-me parar amiúde nas subidas a caminho dos sítios sagrados, que são sempre muito lá em cima, o meu estômago, durante muitos lustres tratado com carinho a trufas, champanhe do bom e carpaccio de salmão selvagem, está agora num ronronar constante, digerindo as idiossincrasias da cozinha tibetana, pouco dada a finuras, não poupando nos condimentos, as minhas orelhas, enregeladas pelas temperaturas com dois dígitos antecedidos do sinal menos, parecem querer separar-se do meu corpo, os meus músculos, castigados por uma semana de ordens de “spine straight, Sir!” e “knees straight, Sir!” ameaçam rebelar-se.
Se eu não estava melhor no Museé d’ Orsay, senhores...
Se eu não estava melhor no Museé d’ Orsay, senhores...
Mais tarde, Pipoco Mais Salgado, encontrou um escrito de Ruben Patrick que dizia assim:
ResponderEliminar""Subiremos montanhas suaves...", e foi assim que o Tio Pipoco me convenceu a acompanhá-lo naquela maluquice lá dele, acabámos os dois feitos num oito, e, até eu, que sou eu, já dava tudo para estar num sítio pelo qual o Tio clamava, entre gemidos de dor, Museé d,Orsay, ou lá o que é aquilo, senhores..."
(que o corpo se habitue depressa para prosseguir em beleza essa sua "maluquice" de valor)
Foi para aí obrigado? Se não foi, então deixe-se de lamechices e desfrute da coisa, Sô Pipoco.
ResponderEliminarVá lá, só falta um bocadinho assim :)
vai-se a ver e estava. mas não era a mesma blablabla.
ResponderEliminarMau...assim já está a exagerar na encenação, Tio Pipoco!
ResponderEliminarEnquanto lá esteve - e isso já aconteceu em finais do ano findo - passou por tudo, mudo e quedo, forte como um penedo. Agora que nos quer descrever a odisseia, não precisa de tantos lamentos só para receber miminho. Remeta-se aos factos, homem!
Já se acabaram os retratos? Os monges não deixavam os turistas, disfarçados de viajantes fotografar os lugares sagrados? Que pena.
O Tibete tem paisagens assombrosas.
Quando à fina gastronomia que desfruta por cá, aposto que está a escrever estas linhas saboreando uma trufa e a emborcar uma flute de champanhe do bom...