09 setembro 2018

Das viagens grandes e outras histórias

As viagens grandes, esses dias mágicos de Agosto que me preparam para o ano novo que chega sempre nos primeiros dias de Setembro, não servem de nada se não aprenderemos, e aprender não é só deslumbrar-me com sítios estranhos, conduzir sem vozes que me mandem sair na rotunda, terceira saída, não são os sabores estranhos nem os nomes impronunciáveis das terras, aprender é ter vontade de mudar, é providenciar que aquilo que vimos, aquilo que nos pareceu fazer sentido, entre na nossa vida, devagar, mas entre mesmo, foi a seguir às viagens grandes que comprei uma bicicleta para as viagens curtas, que me decidi pela meditação, que me tornei vegetariano de tempos a tempos, que passei a descalçar-me quando entro em casa, que me viciei em livros de história de países que não são o meu, que aprendi italiano, que fiquei mais tolerante e com menos certezas.

4 comentários:

  1. Se as viagens grandes o fazem mais feliz e tornam nessa pessoa tão acessível e cordata, então, continue a viajar para longe, mas só até estar no ponto!...

    Ali na palavra "...deslaçar-me quando entro em casa", quis dizer 'descalçar-me'? Se for, marca mais um ponto a seu favor, Pipoco...
    :)

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    1. Era “descalçar”. Mais um ponto, portanto...

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  2. este pipoco não parece o tio do ruben...

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    1. Anónimo9.9.18

      o Ruben tem estado sinalizado na CPCJ...

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