05 fevereiro 2017

Taciturno

Nestas semanas em que se me escapam os minutos, faço as minhas contas e pergunto-me de ando a correr atrás, se realmente quero esta vida de jogador de poker, penso que não seria má ideia transformar-me num tipo taciturno, desses que vivem em comunhão com os ciclos da natureza, que não comem tomate em Fevereiro nem castanhas em Março, podia ser uma espécie de pai de Pablo Escobar, tal qual ele aparece em Narcos, o homem a plantar estacas, talvez pudesse ser como o tipo do Gran Torino, um homem e o seu carro, talvez pudesse ser como Jorge de Burgos, um homem e os seus livros.

Depois tenho um fim de semana em que sou eu e os meus livros e as minhas caminhadas nocturnas, o meu cognac a acompanhar Missas Solemnis e passa-me num instante a vontade de ser um tipo taciturno.

6 comentários:

  1. Ainda mais taciturno do que já é? Pois olhe que eu gostava era de o ver mais alegre, mais comunicativo, mais tu cá tu lá com o pessoal que o visita, mais dado à poesia popular, mais risonho.
    Essa coisa do jogo é que anda a dar cabo de si, a deixá-lo instável sempre a pensar na estratégia ideal...

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    1. Anónimo5.2.17

      Xiiiiiiii!!!

      Don PMS, não ligue ao que esta senhora diz, ela nem o conhece de lado nenhum. Uma metediça, é o que ela é!
      Despache-a a grande velocidade...apague isso. Ora não querem lá ver? :((

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  2. As coisas mais simples são sempre as melhores.

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  3. Acho que isso de ser taciturno não está ao alcance do querer. Por mais que se esforçasse é possível que nunca conseguisse.
    Como vai isso do livrinho? Já posso deixar de fumar?

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  4. Cláudia Filipa6.2.17

    Lembro-me de que gosta muito daquilo que faz, que um dia feliz para si também podia ser um dos que passa a trabalhar e que o seu trabalho não é coisa própria para cardíacos. Quando se torna ainda mais exigente e exagera a roubar-lhe tempo talvez se chateie com ele e pense em deixá-lo, mas depois sente-lhe a falta, ou melhor, pensará que já não conseguiria viver sem a adrenalina a que se habituou.
    Daqui a...uns trinta anos...talvez seja mesmo a altura em que dirá basta, passado algum tempo essa mente inquieta vai começar a congeminar, Ulisses ou Ulysses ou Ulisses ou Ulysses já estará lido, mas no Sporting continua aquela situação de para o ano é que vai ser, entretanto o meu Benfica já ganhou tudo o que havia para ganhar, várias vezes, então já não irá custar-me tanto que , finalmente, chegue alguém em condições à presidência do Sporting que... (prometa-me que no meio do discurso de vitória diz "Cláudia Filipa, habitue-se a perder", eu prometo que irá estar algures uma velhota gaiteira com um sorriso feliz)

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  5. Pipoco, essa ideia é bestial. Por favor, você taciturne-se. Acho que ia ficar para lá de espectacular.

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